O pastor Joaquim de Andrade, da Igreja Batista Ágape, condenou a atitude da modelo evangélica Joyce Salvador, de 27 anos, que decidiu desfilar em uma ala que vai representar a iniciação ao candomblé na escola de samba Acadêmicos do Grande Rio neste sábado (23), no Rio de Janeiro.
"Quando ouvi essa parte do samba, que diz ‘eu respeito o seu amém e você respeita o meu axé’, entendi que precisava vestir essa camisa para mostrar que eu sirvo a um Jesus que é contra a intolerância. É importante eu estar aqui", disse a modelo, que é negra, ao jornal Extra.
O pastor, no entanto, diz que a atitude da modelo é "associação com a profanação" e que o "Carnaval de hoje" tem "imoralidade, feitiçaria".
"Para aqueles que tentam justificar como estratégia evangelística uma participação efetiva na festa do carnaval, inclusive desfilando em carros alegóricos e blocos evangélicos, isso para mim é uma associação com a profanação, não tenha dúvida. No carnaval de hoje a gente continua vendo, infelizmente, imoralidade, feitiçaria", afirmou, ao portal evangélico Pleno News.
Segundo ele, ao desfilar na escola de samba na ala candomblecista, a modelo já se tornará uma seguidora da religião de origem africana.
"No caso dessa escola de samba, com o ritual do candomblé, no caso, de saída de santo, a partir do momento em que a pessoa ‘bolou’ um santo lá na linguagem deles, o fiel é considerado um abiã, um termo dado ao iniciante na religião. para chegar a ser filho de santo, precisa usar um colar, enquanto esse adereço não for removido o novato só poderá sentar no chão".