ELEIÇÕES 2022

Fernanda Montenegro revela em quem vai votar para presidente; confira

A atriz, que integra a Academia Brasileira de Letras, observa que o Brasil passa por um desmonte cultural durante o governo de Jair Bolsonaro

Fernanda Montenegro é crítica do governo Bolsonaro.Créditos: Divulgação
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Crítica contundente do governo de Jair Bolsonaro (PL), a atriz Fernanda Montenegro, um dos principais pilares da cultura nacional, entende que o Brasil passa, nos últimos anos, por um desmonte no setor.

Aos 93 anos, ela já declarou que Bolsonaro foi eleito com um "emblema sórdido" - sobre a arma com os dedos "ou o sexo de um homem" - e acredita que ele só foi ele porque os governos anteriores “não fizeram o suficiente”.

Apesar de não precisar mais votar – acima de 70 anos o ato é facultativo -, Fernanda, sempre participativa, confirmou que vai comparecer à zona eleitoral em outubro. Além disso, revelou em quem vai votar para presidente.

“Sem a cultura das artes, um país não existe. Está provado na História. O atual governo é tragicamente inoperante. Vendável e comprável. Na concorrência, Lula está à frente? Que venha Lula!”, afirmou, em entrevista à coluna Veja Gente.

Em março de 2022, ela declarou: “Estamos com esse trágico governo, um presidente que faz como símbolo da sua atividade presidencial uma mão (faz o gesto de Jair Bolsonaro) que é uma arma ou o sexo de um homem. É um emblema sórdido. Agora, esse homem só está no poder porque todos os governos que o precederam, embora mais simpáticos, mais democratas, não fizeram o suficiente. Dou como exemplo as favelas. É uma herança. Por que não tiraram esse homem do poder? A carência social não deveria estar tão potente”, em entrevista ao Globo.

“Às vezes, eu penso que Brasília é um país que coloniza o Brasil”, disse, após reafirmar que “hoje, a esperança, mais do que nunca, tem que ser ativa”, acrescentou.

“Estamos nas catacumbas, vivos. E não estamos extinguidos”, diz Fernanda

Segundo ela, “o mais simbólico desse governo foi o fim da cultura das artes. Não tem governo radical que não pare a cultura das artes. Mas estamos nas catacumbas, vivos. E não estamos extinguidos”, ressaltou.

A atriz afirmou, ainda, que é “tempo de mudança de plumagem” e acredita que talvez precise de duas décadas para se reverter os estragos promovidos por Bolsonaro.