Há uma semana o Brasil o perdeu Jô Soares, um dos maiores atores e dramaturgos do país. Jô, que faleceu aos 84 anos, estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
A morte de Jô Soares, que durante anos apresentou o talk show Jô Onze e Meia e o humorístico “Viva o Gordo”, foi anunciada pela ex-esposa, Flávia Soares Pedra, com quem foi casado por 15 anos nas redes sociais.
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"Faleceu há alguns minutos o ator, humorista, diretor e escritor Jô Soares. Nos deixou no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, cercado de amor e cuidados. O funeral será apenas para família e amigos próximos", escreveu Flávia no Instagram.
Com a partida de Jô Soares pipocaram nas redes centenas de vídeos com momentos históricos de seus trabalhos, seja com ator à frente do “Viva o Gordo”, ou como apresentador do primeiro talk show da TV brasileira, o “Jô Onze e Meia”.
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Mas, além de ser um dos maiores comediantes do Brasil e também dramaturgo, Jô Soares também era um grande escritor de romances. O mais conhecido entre eles é "O Xangô de Baker Street", que fez tanto sucesso que ganhou até adaptação para cinema.
No entanto, Jô Soares escreveu outros livros tão bons quanto "O Xangô...", incluindo a sua autobiografia, dividida em dois volumes.
Abaixo organizamos uma lista com todos os livros escritos por Jô Soares:
O Xangô de Baker Street (1995/ Cia das Letras)
Sem sombra de dúvidas o livro mais popular de Jô. A trama se passa no Rio de Janeiro durante o Segundo Reinado e tudo começa a desenrolar a partir de dois eixos: o sumiço de um violino Stradivarius e crimes cometidos por um assassinato em série.
Para lidar com tais mistérios, desembarca no Brasil o investigador Sherlock Holmes e seu assistente Dr. Watson. Além da dupla, figuram entre os personagens ícones com Chiquinha Gonzaga, Olavo Bilac, D. Pedro II e outros.
O Homem que matou Getúlio Vargas: Biografia de um anarquista (1998/ Cia das Letras)
Nesta obra Jô Soares escreve uma biografia fictícia sobre um anarquista que, entre 1914 e 1954, percorre várias partes do mundo para cumprir uma missão: matar tiranos.
Assassinatos na Academia Brasileira de Artes (2005/ Cia das Letras)
Neste livro Jô Soares retoma o clima policialesco e cômico de Xangô e que traz como protagonista o comissário Machado Machado, que não acredita na coincidência de algumas mortes que ocorreram no Rio de Janeiro.
Escrito em prosa, a obra também é uma pesquisa histórica sobre o Rio de Janeiro dos anos 1920.
As Esganadas (2011/ Cia das Letras)
A trama desta obra é: Rio de Janeiro, 1938 e um serial que assombra a noite carioca. As vítimas? Mulheres jovens, bonitas e gordas.
Assim como em O Xangô, Jô Soares retoma como personagem central um assassino em série.
Nesta obra o que chama atenção é o fato de que: não há mistério sobre quem é o assassino, pois, ele é revelado logo no começo, pois, o autor está interessado em aprofundar outras questões em torno do serial killer.
O Livro de Jô - Uma autobiografia desautorizada (2 volumes/ 2017/ Cia das Letras)
Com o seu clássico tom debochado, Jô Soares revela a sua intimidade e a sua trajetória de vida da infância até a maturidade.
Nestes dois volumes, Jô Soares trata desde o seu começo como ator e dramaturgo, até se tornar um dos apresentadores mais importantes da televisão Brasileira.