REAÇÃO

Bolsonarista, Regina Duarte é ignorada em espetáculo teatral em SP

Após apresentação de monólogo com Cláudia Abreu, vários artistas foram cumprimentar a protagonista e a maioria dos que estavam na fila nem olharam para Regina

Regina colhe os frutos de ser bolsonarista.Créditos: Divulgação/TV Globo
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Apesar de ter sido sumariamente demitida da Secretaria Especial de Cultura do governo federal, Regina Duarte continua sendo uma fervorosa apoiadora de Jair Bolsonaro (PL), que implementou uma política de desmanche da cultura.

A atriz vem colhendo os frutos desse posicionamento. No último sábado (6), Regina foi ao teatro do Sesc 24 de Maio, em São Paulo, para assistir ao espetáculo “Virginia”, monólogo protagonizado por Cláudia Abreu sobre a vida de Virginia Woolf, escritora, ensaísta e editora britânica.

No final da apresentação, houve uma situação constrangedora. Regina e inúmeros artistas e amigos de Cláudia, que estavam na plateia, formaram uma fila para cumprimentar a atriz. Entre os famosos, Malu Mader, Tony Belotto, Leandra Leal, Bárbara Paz e Silvio de Abreu, de acordo com informações da coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles.

Durante aproximadamente 15 minutos até Cláudia aparecer e depois disso, Regina foi simplesmente ignorada. A maioria sequer olhou para ela. A anfitriã foi gentil, abraçou Regina e agradeceu a presença e os elogios.

Governo Bolsonaro nega recurso e Regina tem que devolver R$ 319 mil da Lei Rouanet

Bolsonarista fanática e ex-integrante do governo, Regina Duarte terá que devolver R$ 319,6 mil aos cofres públicos, depois que o governo federal reprovou a prestação de contas de um projeto da atriz financiado pela Lei Rouanet.

O atual secretário especial de Cultura, Hélio Ferraz, negou o recurso protocolado pela empresa de Regina, A Vida é Sonho Produções Artísticas.

A atriz exerceu o mesmo cargo de Ferraz no governo Bolsonaro. Sua passagem foi vexatória: durou somente dois meses e meio e foi marcada por polêmicas, entre elas, uma entrevista ao vivo na CNN Brasil, na qual Regina desdenhou das mortes por Covid-19.

O então Ministério da Cultura tinha reprovado as contas da peça em 2018. A empresa captou R$ 321 mil da Lei Rouanet para o espetáculo e, por causa da decisão, foi obrigada a restituir R$ 319,6 mil ao Fundo Nacional da Cultura. Contudo, a dívida não tinha sido cobrada por causa do recurso, que foi negado agora pelo governo.