Nesta terça-feira (14), faleceu o cantor D’Angelo, um dos nomes mais influentes do R&B e do neosoul norte-americano. Ele tinha 51 anos e lutava há anos contra um câncer de pâncreas.
D’Angelo ganhou projeção mundial nos anos 1990, especialmente com o lançamento de seu primeiro álbum, “Brown Sugar” (1995). O disco, que inclui o sucesso “Cruisin” — um cover de Smokey Robinson —, revolucionou o gênero ao mesclar psicodelia, hip-hop e soul, dando origem ao som que ficaria conhecido como neosoul.
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O auge da carreira veio em 2000 com o álbum “Voodoo”, que inclui a canção “Untitled (How Does It Feel?)”, considerada uma das faixas mais românticas e icônicas da história da música norte-americana.
Relembre:
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Com “Voodoo”, D’Angelo consolidou seu nome entre as maiores vozes da música dos EUA. Ao lado de artistas como Erykah Badu, Common, Questlove e J Dilla, ajudou a criar uma geração que reinterpretou a tradição da música negra dos anos 1960 e 1970, incorporando novas sonoridades ao hip-hop do início dos anos 2000.
Um legado de inovação e resistência
Após o sucesso estrondoso, o cantor enfrentou problemas com o alcoolismo e se afastou da música por mais de uma década. Em 2014, retornou com o aclamado “Black Messiah”, álbum que uniu crítica social e espiritualidade em uma estética de R&B densa e politizada.
“Black Messiah” é amplamente reconhecido como uma das obras mais importantes da música contemporânea. Na plataforma Metacritic, que compila avaliações de críticos do mundo todo, o disco ocupa o posto de 12º melhor álbum de todos os tempos.
Mesmo com uma discografia curta — apenas três álbuns de estúdio —, D’Angelo deixa um legado profundo. Sua obra transcendeu estilos e inspirou gerações de músicos que continuam a explorar as possibilidades da música negra contemporânea.