TURISMO

Museu geológico: parque brasileiro com formações milenares e esculturas naturais encanta turistas

As rochas formam crateras com paredes verticais que podem chegar a até 100 metros de profundidade, e o Parque Estadual oferece trilhas com percursos e duração variados; conheça

Formações rochosas no Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa (PR).Créditos: Wikipedia
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O sítio geológico do Parque Estadual de Vila Velha, localizado em Ponta Grossa, no Paraná (a cerca de 100 km de Curitiba), é considerado um paraíso ecológico e um museu a céu aberto de estruturas rochosas que lembram uma cidade medieval.

Inaugurado como sítio de conservação e patrimônio natural do estado em 1966, a área de reserva reúne uma série de esculturas naturais esculpidas ao longo de milhões de anos pela erosão eólica e pluvial em arenitos (rochas sedimentares formadas pela compactação) parte do Grupo Itararé.

Elas formam crateras com paredes verticais que podem chegar a até 100 metros de profundidade, cada uma delas com um apelido característico, que leva o nome de animais ou figuras populares, como a esfinge e o camelo.

As formações da região são datadas de mais de 300 milhões de anos, constituídas durante o período Carbonífero, marcado pela existência de um mar interior que começou a sedimentar materiais arenosos à medida que desaparecia da costa.

O Parque oferece trilhas e locais de observação da mata com mais de três mil hectares de preservação ambiental, sob a concessão de uma empresa privada que passou a gerir a infraestrutura em 2020, a Eco Parques do Brasil S/A.

O investimento em infraestrutura foi de mais de R$ 15 milhões e, em outubro de 2025, a gestão renovou o famoso teleférico vertical da Furna dos Andorinhões, um elevador panorâmico que permite descer até o interior de uma formação geológica em formato de caverna, com 60 metros de profundidade.

Vista de cima da furna acessada pelo teleférico.
Créditos: Wikipedia

A viagem oferece uma visão do ecossistema subterrâneo do parque, e o investimento para a revitalização do elevador, que estava fechado há 25 anos, foi estimado em R$ 13,2 milhões.

Além de formações rochosas que lembram formas diversas, o Parque tem como atração de destaque a Lagoa Dourada, antiga furna que se tornou uma lagoa de águas cristalinas, considerada um aquário natural que abriga diversas espécies de peixes locais.

As trilhas oferecem diferentes percursos, com durações variadas. A Trilha dos Arenitos, considerada de grau médio de dificuldade, tem cerca de 2.600 metros de extensão e um tempo de duas horas. Percursos menores podem chegar a 15 minutos de duração, como aquele que leva à rocha apelidada de Taça, por seu formato sugestivo.

A Trilha das Furnas, uma trilha em formato circular com cerca de 500 metros de extensão, permite o acesso a mirantes de observação e dura aproximadamente uma hora.

Já o percurso para chegar até a Lagoa Dourada tem apenas 400 metros e um trajeto leve.

A visitação ao Parque, acessível pela Rodovia BR-376, que passa por Curitiba e dá acesso ao litoral do estado, dura, em média, de três a quatro horas. O funcionamento é de quarta a segunda-feira e feriados, das 9h às 17h. É aconselhável chegar ao Parque no período da manhã ou logo após o almoço.

 

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