TONI GARRIDO

Toni Garrido muda letra de “Girassol”; Adrilles Jorge chama de “Burrice da lacração”

Cantor afirmou que o verso antigo era “hétero machista top, horrível”; vereador de extrema direita reclamou; veja a polêmica aqui

Toni Garrido no Altas Horas.Créditos: Reprodução de vídeo
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A recente decisão do cantor Toni Garrido de alterar um verso da música “Girassol”, sucesso do grupo Cidade Negra, gerou forte repercussão nas redes sociais e acabou provocando críticas de figuras públicas, entre elas o vereador de extrema direita Adrilles Jorge, que classificou a mudança como “burrice da lacração”.

A polêmica começou após Garrido, de 58 anos, anunciar que modificou um trecho da canção. A versão original dizia: “Já que pra ser homem tem que ter a grandeza de um menino”, mas foi substituída por “a grandeza de uma menina, de uma mulher”. O artista explicou, durante participação no programa “Altas Horas”, que considerava o verso antigo “hétero machista top, horrível”, e que a mudança era uma “brincadeira amorosa” para homenagear as mulheres.

Nas redes sociais, entretanto, muitos fãs reagiram negativamente, acusando o cantor de “ceder à militância” e de modificar uma obra consagrada por “motivos ideológicos”. Diante das críticas, Garrido se pronunciou novamente, afirmando que “as pessoas podem cantar como quiserem” e que a arte deve ser livre.

“É curioso como uma simples palavra gera tanta polarização. Quem quiser cantar do jeito antigo pode cantar, a música é de todos”, disse o vocalista do Cidade Negra.

Liberdade artística e revisão de obras

Adrilles Jorge, por sua vez, reagiu duramente à mudança. Em publicação nas redes sociais, o vereador afirmou que o cantor teria alterado a letra “para agradar à turma pseudoprogressista feminista”. Segundo ele, “um homem pode ter a grandeza de um menino, de uma menina ou de qualquer gênero, sem exclusão”.

“Mas excluir um gênero só para lacrar e prestar homenagem a outro é uma bobagem de um artista que perde sua grandeza de adulto e se torna um escravo sem gênero de uma ideologia”, escreveu Adrilles.

A controvérsia em torno de “Girassol”, lançada há mais de 25 anos, reacende o debate sobre atualizações em letras de músicas clássicas e os limites entre liberdade artística e revisão de obras sob novas perspectivas sociais.

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