CULTURA MEXICANA

Vídeo de 1972 resgata passado marcante da presidenta Claudia Sheinbaum

Primeira mulher a assumir presidência do México, política teve infância marcada por grande inspiração em canções latino-americanas

Claudia Sheinbaum, presidenta do México.Créditos: Wikimeida Commons e Reprodução de vídeo
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Antes de ficar conhecida por ocupar o cargo mais alto da política mexicana, Claudia Sheinbaum Pardo acumulou vivências que moldaram sua trajetória social e de valorização cultural. Um vídeo de 1972 foi resgatado nas redes sociais este mês onde mostra a presidenta ainda criança como integrante do grupo Pilcuicatl, cujo nome, em náuatle, significa “crianças que cantam”. A formação era dedicada à interpretação de músicas tradicionais latino-americanas e contava também com nomes como o do ator Daniel Jiménez Cacho, o irmão Julio Sheinbaum e Andrés Melo, e era liderado por Sheinbaum.

No registro, o grupo interpreta canções como La Tatita, Martín Güemes, El Sol y La Luna, Barlovento, Zikuriada, Camilo Torres, Pago Viejo, La Bruja, La Procesión, La Paloma e Juan Sin Tierra, que compõem a tradição mexicana. As performances trazem não apenas a sensibilidade artística das crianças envolvidas, mas também o conteúdo social das canções.

Assista

O vídeo foi gravado na década de 70, quando Claudia Sheinbaum tinha apenas 10 anos, em um teatro antigo na Cidade do México. A produção ficou a cargo da marca Nervio, sob direção do engenheiro Victor Rapoport. Segundo informações divulgadas em jornais mexicanos, a gravação aconteceu no auditório de uma escola particular localizada no bairro Colonia del Valle, e só foi editada e apresentada ao público em 1977.

Com cerca de 62% dos votos, Sheinbaum protagonizou uma vitória histórica na maior eleição já realizada no México, desafiando as estruturas de um país profundamente patriarcal e se tornando a primeira mulher, e pessoa de herança judaica, a ser eleita presidente do México. A presidenta também é física, doutora em engenharia energética e ex-prefeita da Cidade do México, além de ter integrado o painel de cientistas climáticos da Organização das Nações Unidas (ONU) que recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

"Sabemos que nós, mulheres, podemos ser presidentas [...] chamemos presidenta, com 'A' no final, como advogada, cientista, soldada, doutora, professora e engenheira. Como nos ensinaram, só o que se nomeia existe", afirmou a presidenta do México no disrcurso de posse.

 

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