CHINA

Cidade Proibida aberta à visitação após 519 anos é túnel no tempo para China imperial

Construída por 100 mil artesãos e mais de um milhão de trabalhadores, a Cidade Proibida hoje é aberta à visitação pública

A Cidade Proibida.Créditos: Wikipedia
Escrito en CULTURA el

Construída na China Imperial em 1406, num esforço que durou 15 anos e empregou 100 mil artesãos e mais de um milhão de trabalhadores, a "Cidade Proibida", ou "Cidade Proibida Púrpura", maior complexo palaciano do mundo, foi sede da Dinastia Ming até 1644, quando forças rebeldes a capturaram e o príncipe Dorgon proclamou a Dinastia Qing como sua sucessora. 519 anos depois, em 1925, deixou de ser "proibida" para o público.

Considerada Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO em 1987, o palácio imperial, um dos complexos mais significativos da arquitetura chinesa, com mais de 723.633 m² de extensão, fica encerrado na grande Cidade Imperial, na parte velha da cidade de Pequim.

Ilustração: Cidade Proibida.
Créditos: Wikipedia

Escondida atrás de uma muralha de quase oito metros de altura e isolada por um fosso com seis metros de profundidade, traços de sua fortificação contra potenciais invasores, a Cidade Proibida, que também abriga o famoso Portão de Tiananmen, não recebe esse nome à toa.

Durante o reinado das dinastias Ming e Qing, somente o imperador, sua família e seus empregados designados tinham permissão para adentrar o complexo palaciano, disposto como uma cidade isolada de sua cidade original, Pequim. Ela é considerada o maior palácio do planeta, com cerca de 9.999 divisões ao todo. Mas ultrapassar as muralhas que a isolavam das vistas e do acesso público era fatal: exigia execução sumária a quem se atrevesse.

Palácio imperial em Pequim, Cidade Proibida.
Créditos: Das Artes, divulgação.

Hoje, restam cerca de 980 edifícios do antigo palácio imperial, com 720 mil metros quadrados. Desde o século 20, com a expulsão do último imperador chinês, Pu Yi, o 11° monarca da Dinastia Qing, a Cidade Proibida deixou de ser proibida: tornou-se um museu aberto em 1925, embora, em 1931, tenha sofrido com uma ofensiva japonesa, e milhares de objetos tenham sido saqueados. 

Os objetos levados durante o saque, que estimavam estar distribuídos em 19 mil caixas de artefatos de diversas partes do palácio, foram devolvidos após a Segunda Guerra Mundial, mas a construção havia sofrido danos estruturais graves.

Em 1950, um trabalho de recuperação pôs o palácio de novo à vista, e o antigo 'palácio proibido' tornou-se um símbolo do passado da China, além de um complexo turístico.

Hoje, o complexo está disponível para visitas guiadas, e é descrito pelos turistas como uma verdadeira viagem no tempo à China Imperial.

O ingresso para a visitação custa apenas 40 Yuan (aproximadamente R$ 30,54), e é necessário apresentar o passaporte no momento da compra. Não é necessário reservar o horário da visitação.

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