Depois de muita polêmica sobre a protagonista da adaptação para o cinema da canção histórica de Chico Buarque, “Geni e o Zepelim”, a diretora Anna Muylaert confirmou a mudança no elenco.
O papel de Geni será da atriz trans Ayla Gabriela. A Paris Filmes lançou, nesta sexta-feira (6), um vídeo inédito de “Geni e o Zepelim”, que mostra a artista caracterizada como sua personagem. A produção é o primeiro longa protagonizado por Ayla.
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A trama, baseada na canção de Chico e no conto “Bola de Sebo” (1880), de Guy de Maupassant, narra a história de uma prostituta odiada pela sociedade local, que vê sua cidade invadida por tropas lideradas por um tirano, conhecido como Comandante, que chega voando em um zepelim.
A produção de “Geni e o Zepelim” esteve em evidência nos últimos meses, depois de acusações de transfobia. A escolha de Ayla aconteceu depois da saída da atriz Thainá Duarte, que faria o papel principal.
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Anna Muylaert divulgou a mudança de elenco depois dos comentários que acusavam o filme de “transfake”, expressão que se refere à prática de atores cis interpretando papéis trans.
“Ouvi muitas vozes e pude entender a dimensão da importância dessa personagem para a comunidade trans. Fazer essa história com uma mulher cis foi um erro, um equívoco. Quero pedir desculpas a todas as pessoas que se sentiram apagadas por causa dessa ideia. Eu tive uma visão errada. Vamos mudar o rumo das coisas, vamos trocar a personagem e adaptar o roteiro”, declarou Anna.
“Ópera do Malandro”
Criada por Chico Buarque, em 1978, para o espetáculo “Ópera do Malandro”, a personagem Geni representa uma travesti do Rio de Janeiro, que vive da prostituição e sofre com o preconceito.
As filmagens de “Geni e o Zepelim”, que estreia nos cinemas nacionais em 2026, acontecem no município de Cruzeiro do Sul, no Acre. A produção é da Migdal Filmes, em coprodução com Paris Entretenimento e Globo Filmes.
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