Ator e diretor Joel Barcellos morre, aos 81 anos

Em 1969, durante a ditadura militar no Brasil, exilou-se na Itália, só retornando em 1975

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Por Marcelo Pestana Carlos Cirne, direto do C&N Faleceu neste sábado, dia 10, o ator, roteirista e diretor Joel Barcellos, às vésperas de completar 82 anos. Nascido Joel Dias Barcellos, em Vitória/ES, a 27 de novembro de 1936), mudou-se com a família para o Rio de Janeiro aos três anos de idade. Sua primeira experiência como ator acontece ao participar do Teatro Rural dos Estudantes, enquanto cursava a Faculdade de Agronomia. Estreou nos palcos na montagem de “Eles Não Usam Black-Tie”, de Gianfrancesco Guarnieri, no Teatro de Arena. No cinema, começou com uma ponta em “Trabalhou Bem, Genival!” (1955), onde desenvolveu uma carreira de mais de 50 créditos. Em 1969, durante a ditadura militar no Brasil, exilou-se na Itália, só retornando em 1975. Seu trabalho em cinema inclui, entre outros, ”Cinco vezes Favela” (1962), “Os Fuzis” (1964), “A Falecida” (1965), ”Garota de Ipanema” (1967), ”Copacabana Me Engana” (1968), “Sagarana, o Duelo” (1974), “Anchieta, José do Brasil” (1977), ”Corações a Mil” (1981), ”Luz del Fuego” (1982), “Rio Babilônia” (1982) e “O Homem Nu” (1997), tendo também dirigido e roteirizado ”O Rei dos Milagres” (1971) e ”Paraíso no Inferno” (1977). Em TV, apareceu em especiais e minisséries como “O Pagador de Promessas” (1988), “Tereza Batista” (1992), “Memorial de Maria Moura” (1994), “Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados” (1995), “A Justiceira” (1997), “Linha Direta Justiça” (2000), além da novela “Mulheres de Areia” (1993). Foi duas vezes premiado no Festival de Brasília: em 1968, como Melhor Ator por “Jardim de Guerra” (1970), de Neville de Almeida; e em 1990 como Melhor Ator Coadjuvante, por “Beijo 2348/72” (1990), de Walter Rogério.