A plataforma Netflix e os diretores Matt e Ross Duffer foram acusados de plagiar um roteiro, segundo processo apresentado nesta sexta-feira (17) no Tribunal Federal da Califórnia.
Segundo a denúncia, a série “Stranger Things”, principal obra dos irmãos Duffer e uma das produções de maior sucesso do serviço de streaming, é uma cópia de um roteiro chamado “Totem”, registrado em nome da produtora Irish Rover Entertainment e do escritor Jeffrey Kennedy, mas que nunca foi realizado. Os acusadores, pedem uma indenização pelos direitos autorais do seu roteiro.
A curiosidade do caso é que um dos co-escritores de “Totem”, Aaron Sims, trabalhou na produção de “Stranger Things”, fazendo a arte conceitual durante as duas primeiras temporadas da série. Porém, ele não é parte na acusação contra os diretores e a empresa.
Em um comunicado, a Netflix manifestou que “Kennedy vende essas versões exageradas há anos, apesar de os irmãos Duffer nunca terem ouvido falar dele ou do seu roteiro, que jamais foi publicado, até ele ameaçar processá-los. Depois que nos recusamos a ceder aos seus pedidos de pagamento, ele apresentou esta reivindicação sem fundamento”.
Não é a primeira vez que os Duffers são acusados por plágio. Em 2018, o cineasta Charlie Kessler disse que “Stranger Things” era uma cópia uma série de curtas-metragens realizada por ele, chamada “The Montauk Project”. Segundo aquela denúncia, ambas as histórias são baseadas “nas mesmas lendas urbanas, fenômenos paranormais e nostalgia dos Anos 80”.
Na ocasião, os criadores também se defenderam alegando que os projetos “não tinham nenhuma conexão”, e que o processo era “apenas uma tentativa de lucrar com a criatividade e o trabalho árduo de outros”.