Depois de lacrada contra Weintraub, co-criadora de Matrix usa mesma resposta contra filha de Donald Trump

Lilly Wachowski não gostou de ver Ivanka Trump utilizar a mesma alusão que o ministro da Educação brasileiro fez à cena da pílula, um dos momentos marcantes da saga cinematográfica que escreveu e dirigiu junto com sua irmã Lana

A "cena das pílulas", uma das mais famosas do primeiro filme da saga Matrix (foto: reprodução)
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A cineasta estadunidense Lilly Wachowski não parece estar disposta a ficar calada diante de figuras de extrema-direita que descontextualizam seus filmes.

Há duas semanas, no dia 4 de maio, ela respondeu o ministro da Educação do Brasil, Abraham Weintraub, quando ele usou a famosa cena das pílulas do filme “Matrix”, para dizer que os opositores do presidente Jair Bolsonaro defendem um mundo de ilusões, enquanto o governo oferece uma suposta verdade. “Vai se f…”, respondeu Wachowski ao ministro, em inglês.

Na cena, o personagem Morpheus (Lawrence Fishburne) oferece a Neo (Keanu Reeves) duas pílulas, uma azul e outra vermelha. A azul o levaria a voltar a uma vida ilusória, enquanto a vermelha o faria conhecer a verdade por trás do mundo que ele julga ser real.

Nesta segunda, o megamilionário Elon Musk fez a mesma alusão em uma mensagem no Twitter na qual defendeu a reabertura das fábricas da sua empresa Tesla, em decisão que contraria as autoridades do estado da Califórnia, que defendem a manutenção das medidas de isolamento.

“Tomem a pílula vermelha”, convidou Musk, e Ivanka Trump, cujo pai, o presidente estadunidense Donald Trump, também defende a reabertura da economia, respondeu: “tomada!”.

Wachowski rebateu o diálogo da mesma forma curta e grossa usada contra Weintraub: “Vão se f… os dois”.