Filha de Regina Duarte diz que “uma família não precisa necessariamente funcionar como um bloco”

A atriz Gabriela Duarte fez postagem em sua conta do Instagram após a saída da mãe da secretaria de Cultura

Foto: Divulgação
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A atriz Gabriela Duarte, filha da ex-secretária de Cultura Regina Duarte, esperou a mãe deixar o cargo para fazer um desabafo, nesta quinta-feira (21), em sua conta do Instagram. Nele, ela afirma que “uma família não precisa necessariamente funcionar como um bloco, com pensamentos em uníssono sempre”.

Sem citar nomes nem situações específicas, a atriz diz que divide seus “pensamentos e opiniões nessa área (da política) com pessoas que me são próximas”, mas não traz isso pra sua vida pública.

Ao final da postagem, ela diz: “Meus filhos têm sido criados também dessa forma. Para que sejam livres e possam formar seus próprios pensamentos. O fato de serem meus filhos não os obriga a serem como eu. Quero que eles sejam melhores! Escolhas são individuais, que fique claro. Cada adulto que cuide de seu RG e CPF”.

Veja o post abaixo:

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Um artista pode se posicionar politicamente se quiser. Existem os que fazem isso e tem suas razões. Essa, porém, nunca foi uma escolha minha.

A profissão que escolhi já é bastante política em vários aspectos. Isso, no entanto, não faz com que eu deixe de me posicionar, mas o faço como uma cidadã normal. Voto e exerço meu direito de escolher pessoas que acho mais adequadas a me representar, mas não trago isso pra minha vida pública.

Divido meus pensamentos e opiniões nessa área com pessoas que me são próximas. Não tenho necessidade de mais do que isso, nem me sinto no direito de influenciar politicamente quem quer que seja. São escolhas, e escolhas são individuais. Cada um tem a liberdade de pensar de forma própria.

E isso diz respeito a relações familiares também.

Somos o que escolhemos ser e batalhamos por isso. Quando crianças, seguimos o exemplo daqueles que estão muito próximos a nós: os pais, os avós, irmãos, professores da escola… Aos poucos esse universo se amplia e nossas referências também. Começamos então a formar nosso próprio corpo ideológico e percebemos que não precisamos mais seguir os modelos da infância e adolescência. Amadurecer, entre tantas coisas, é isso.

Tudo isso não quer dizer que não possa mais haver afeto, amor, gratidão e respeito por aqueles que nos criaram. Pelo contrário. Devem ser apreciados e honrados todos os dias. Mas entender que uma família não precisa necessariamente funcionar como um bloco, com pensamentos em uníssono sempre, é fundamental.

Meus filhos têm sido criados também dessa forma. Para que sejam livres e possam formar seus próprios pensamentos. O fato de serem meus filhos não os obriga a serem como eu. Quero que eles sejam melhores! Escolhas são individuais, que fique claro. Cada adulto que cuide de seu RG e CPF.