Flip 2017: Pela primeira vez, número de autoras mulheres é maior que o de homens

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A edição deste ano da Feira Literária Internacional de Paraty, que homenageia Lima Barreto, traz também um número maior de autores negros e negras; representatividade foi um esforço da atual curadora, Josélia Aguiar Por Redação  Pela primeira vez em 15 anos, o número de autoras mulheres será maior que o número de homens na Feira Internacional Literária de Paraty (Flip). A edição deste ano contará com 24 mulheres e 22 homens entre os nomes convidados para participar das 22 mesas de debate. O evento, que terá como autor homenageado o escritor Lima Barreto, acontece entre 26 e 30 de julho. Também será maior, neste ano, o número de autoras e autores negros, que cresceu 30% com relação ao ano passado. O aumento do número de mulheres e negros entre os convidados é fruto do esforço da atual curadora da feira, Josélia Aguiar, que disse, em conversa com jornalistas nesta terça-feira (30), que "é preciso repensar a representatividade" do evento. “Havia expectativa para que essa edição tivesse mais negros e mulheres. São dois movimentos paralelos de ativismo muito importantes e isso nos fez repensar a representação dos eventos literários. Há cinco anos, ninguém era perguntado sobre isso, ficava todo mundo silencioso, era naturalizado", disse Josélia, que é jornalista. De acordo com a curadora ,"não dá mais para ter uma programação toda de homens brancos, com uma mesa de mulheres, uma de negros, uma de indígenas". Confira a programação completa da Flip 2017 aqui. Foto: Scholastique Mukasonga, escritora ruandesa que é um dos destaques do evento