Lula se despede de Sérgio Mamberti em velório para amigos e familiares

O vereador Eduardo Suplicy também esteve na cerimônia de despedida do ator, falecido nesta sexta-feira (3) aos 82 anos

Foto: Reprodução/Twitter Paulo Betti
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O corpo do ator Sérgio Mamberti, falecido nesta sexta-feira (3) aos 82 anos, foi velado na parte da tarde no Teatro Anchieta, em São Paulo.

A cerimônia, por conta da pandemia do coronavírus, foi restrita a amigos e familiares. Entre os presentes, estavam os filhos de Mamberti, Carlos, Fabricio e Duda, além de colegas da dramaturgia, como os atores Paulo Betti, Cássio Scapin, Tadeu Di Pietro e Celso Frateschi.

Amigos da militância política do ator também estiveram presentes. O ex-presidente Lula, que mais cedo divulgou uma nota de pesar pelo falecimento daquele que foi um dos fundadores do PT, chegou ao velório carregando uma bandeira de seu partido, que foi colocada sobre o caixão do ator.

O fato foi divulgado por Paulo Betti.

https://twitter.com/paulobetti3/status/1433882823711133699
"Foi fundador e militante do PT e sempre esteve ao lado das causas dos povo brasileiro. Eu tive a honra de tê-lo como amigo e companheiro em tantos momentos ao longo de décadas, e jamais o esquecerei, e sei que o Brasil também jamais o esquecerá. Meus sentimentos e solidariedade aos filhos, familiares, amigos, companheiros e admiradores de Sérgio Mamberti", escreveu Lula mais cedo ao tomar conhecimento da morte do ator.

O vereador Eduardo Suplicy (PT-SP) também esteve presente na cerimônia. Pelas redes sociais, o petista postou uma foto com Mamberti e escreveu palavras de condolências.

https://twitter.com/esuplicy/status/1433760558541680645

Carreira

Sérgio Mamberti colecionou inúmeros papéis de destaque. Foi nas séries que viveu seu personagem mais querido, o saudoso Dr. Victor do Castelo Rá-tim-bum.

Também participou de produções da TV Globo, como “A diarista” e “Os normais”. “Atualmente, esteve no elenco de “3%”, série brasileira produzida pela Netflix.

Mamberti dirigiu peças importantes no circuito paulista. Em 2019, estreou, ao lado de Rodrigo Lombardi, a premiada “Um panorama visto da ponte”.

Estreou no cinema em 1966 com a comédia “Nudista à força”, de Victor Lima. Depois, emplacou inúmeros sucessos: “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), “Toda Nudez Será Castigada” (1973), “O Homem do Pau Brasil” (1980), “A Hora da Estrela” (1985), “A Dama do Cine Shangai” (1987). Também estrelou filmes infantis como “Xuxa Abracadabra” (2003) e “O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili” (2006).

Mamberti também atuou em novelas. Um de seus primeiros papéis de destaque foi como João Semana em “As Pupilas do Senhor Reitor” (1970). Depois disso, atuou também em, “Brilhante” (1981), “Anjo Mau” (1998), “O Profeta” (2007), “Flor do Caribe” (2013), “Sol Nascente” (2016), entre outras. Seu maior sucesso foi o mordomo Eugênio na clássica “Vale Tudo” (1988).

Grande articulador cultural, abrigou, em sua casa em São Paulo, artistas vindos do Brasil e de fora que precisavam de abrigo. Entre seus hóspedes, estão os Novos Baianos, Asdrúbal Trouxe o Trombone e The Living Theatre.

Em 2021, lançou a autobiografia “Sérgio Mamberti: Senhor do meu Tempo”, escrita com o jornalista Dirceu Alves Jr.

Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), Sérgio Mamberti ocupou durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva diversos cargos dentro do Ministério da Cultura do Brasil. Foi secretário da Identidade e da Diversidade Cultural, presidente da Fundação Nacional de Artes FUNARTE, secretário de Políticas Culturais e secretário de Música e Artes Cênicas.

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