Maria Rita: “Eu canto pra c*ralho, mas não chego aos pés da Dona Elis”

A cantora afirmou que todo dia 19 de janeiro, data da morte de sua mãe, Elis Regina, é difícil para ela; ela ficou emocionada ao lembrar que, em 2022, já são 40 anos sem Elis Regina

Maria Rita. Foto: Divulgação
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A cantora Maria Rita afirmou em entrevista ao Globo que todo dia 19 de janeiro, data da morte de sua mãe, Elis Regina, é difícil para ela. E que as datas redondas são piores. A cantora ficou emocionada ao lembrar que, em 2022, já são 40 anos sem Elis Regina:

“É um lamento muito profundo por eu não ter conhecido essa mãe como eu merecia ter conhecido”, disse.

Ela resolveu se manifestar pela última vez com relação às comparações dela com Elis:

“Prometi para mim mesma que eu não ia mais falar sobre isso. Não me oponho a falar da minha mãe. Mas, para responder se as comparações me incomodam, estou cansada. Não vejo mais por que ficar nessa conversa. Tenho 20 anos de carreira, oito Grammys Latinos, minha carreira está sólida, tenho muita coisa para fazer”, desabafou.

“Eu só quero buscar alguma paz dentro desse cenário em que a Elis é de todos, mas a mãe é minha”, afirmou ainda a cantora.

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'Não lembro da minha mãe'

E, para reafirmar que não imita a mãe, ela escreveu no Twitter em maiúsculas: “EU NÃO LEMBRO DE MINHA MÃE. Zero. Zero lembrança”, disse. Maria Rita tinha 4 anos quando a mãe morreu aos 36, após uma noite em que misturou álcool e drogas.

“Não me lembro da voz, do cheiro, do toque, de nada. A terapeuta que me atendia em São Paulo acha que pode ter a ver com o trauma: ‘Sua mãe botou você para dormir e, quando acordou, você não tinha mãe. Isso não é coisinha pouca. E não importa se é Elis Regina ou não’ É um rompimento muito violento, muito agressivo”, escreveu.

No desabafo na rede social, escreveu frases como “ninguém se compara à incomparável” e “e eu acho que canto pra c*****o!!! Mas não chego aos pés de dona Elis. MAS E QUEM CHEGA?” Faz coro com quem considera a mãe a maior cantora que já houve no Brasil.

“É tipo Ella Fitzgerald. Quando ouço Ella, eu falo: não é normal. Eu sou normal. Sou apenas muito boa no que faço. Sou talvez das melhores. Hoje posso afirmar isso. E muito dessa segurança veio depois do (show) ‘Redescobrir’. Por causa da qualidade do repertório, da riqueza harmônica, melódica, poética”, disse.

Com informações do Globo