Opereta “A Peste”, inspirada na pandemia do coronavirus, ganha primeira montagem

Obra composta por Cyro Delvizio, cantada em Português, será encenada no palco do Teatro Popular Oscar Niemeyer de Niterói, e será transmitida online em seis sessões

Foto: Guarim de Lorena/Divulgação
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Produzida durante a pandemia da Covid-19 que assolou a humanidade ao longo de 2020 – e que ainda nos acomete quase um ano desde sua eclosão no Brasil – a

A opereta “A Peste”, inspirada na pandemia do coronavírus, escrita com música e libreto de Cyro Delvizio, irá ganhar sua primeira montagem em palco, com estreia confirmada em seis sessões de 28 a 30 de março,  às 18h e 21h, em Niterói, no Teatro Popular Oscar Niemeyer.

A peça foi lançada no ano passado em duas partes no YouTube, quando, por iniciativa própria, seis músicos (três cantores e três instrumentistas) se uniram para fazer uma montagem completamente remota de uma opereta inédita, cantada em português e com linguagem e estética acessíveis ao grande público.

Com realização do Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc, a ópera, agora, será encenada em palco, sem a presença do público, com transmissão online e contribuição voluntária (os ingressos variam entre R$0, R$5,00 e R$10,00, e poderão ser adquiridos através do site da Sympla).

Previamente às sessões, haverá uma breve explicação do compositor sobre a obra, que, no final, também estará disponível no chat para conversar com os espectadores. Posteriormente, a opereta “A Peste” será divulgada exclusivamente nas redes sociais do projeto.

Reunindo no palco além do próprio Cyro Delvizio (violão), a soprano Manuelai Camargo, o tenor Guilherme Moreira, David Monteiro (narrador e baixo-voz), a flautista Clarissa Bomfim e o violoncelista Paulo Santoro, a narrativa traça paralelos com o momento atual da humanidade, porém ambientada na Síria. Um Príncipe está retornando a Damasco após viagem diplomática, cantando sobre sua futura glória quando for coroado Sultão. Porém, logo enfrentará um grande dilema: após dar carona a uma velha senhora, ele descobre que ela é a Peste em pessoa justamente quando chegam aos portões de Damasco. A partir daí, o Príncipe se vê dividido entre seu instinto de autoproteção e seu sonho de ser o futuro Sultão, refletindo também sobre sua consideração por seu povo e sua cidade.

Inspirada na pandemia do coronavírus ainda vigente, o músico e compositor Cyro Delvizio realizou esforço pessoal não só para concretizar essa “transposição” entre as diferentes épocas, mas para criar uma obra metalinguística que fomentasse reflexões sobre este difícil e singular momento da civilização, atentasse para o zelo sanitário e ainda aproximasse o público leigo da ópera ao tratar de um tema atual e afeito a sua realidade: “em 2020, a montagem on-line autoproduzida -  também graças a vaquinha virtual -  foi pensada inicialmente para esta realidade remota e um pouco para colocar para fora os meus sentimentos durante o isolamento”, aponta Cyro Delvízio. “Agora, com o apoio da Lei Aldir Blanc, conseguiremos não somente colocar a opereta em palco, mas fazer isso com toda a segurança que o momento exige: a equipe enxuta, poucos ensaios, curta duração do espetáculo (45 minutos) e teatro espaços. Até o palco grande propiciará o distanciamento dos físicos dos músicos e cantores, que também farão testes de COVID. Temos que nos reinventar e até reinventar o processo habitual de uma montagem desse tipo, com a responsabilidade de mostrar que é possível um retorno gradual de espetáculos como o nosso, mantendo a segurança em primeiro lugar”, conclui.

SERVIÇO:

OPERETA “A PESTE” - TRANSMISSÃO ON LINE EM 6 SESSÕES

 Local: Teatro Popular Oscar Niemeyer - Niterói/RJ

DIAS 28 (domingo), 29 (segunda) e 30/03 (terça)

HORÁRIO: às 18h e 21h de cada dia

Duração do espetáculo: 45 min

Classificação 12 anos

INGRESSOS: https://linktr.ee/operetaapeste

Os ingressos serão comercializados com os seguintes valores:

R$0,00 / R$5,00 / R$10,00. A contribuição é voluntária.