Paulo César Feital e Lucas Bueno lançam nas redes samba que evoca do passado “as lutas de libertação”

O samba “É Foda”, como definem os compositores, é “um grito de resistência e liberdade num momento oportuno”

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Os compositores Paulo César Feital e Lucas Bueno acabam de lançar nas redes, no último domingo (21), a canção “É Foda”, como sugere o título, totalmente em homenagem aos dias atuais. A canção, como eles mesmo definem, é “um grito de resistência e liberdade num momento oportuno” e foi gravada pelos dois autores com participação das lindas vozes dos cantores Nina Wirtti, Soraya Ravenle e Vidal Assis. O arranjo do belo samba é do próprio Lucas Bueno, que ainda contou na gravação com Patrick Angello no violão 6 cordas, Guto Rodrigues na guitarra, João Faria no baixo, Aquiles Moraes no trompete, Marcelo Pizzotti e Raphael Lagoas na percussão. Com um forte refrão e letra cortante, o samba “É Foda”, assim como seu título, não tem papas na língua: É foda, é foda Pensar tá proibido, meu irmão É foda, é foda Assassinaram a Constituição Em um de seus versos mais marcantes, sem fazer nenhuma referência a políticos ou fatos, os compositores evocam do passado “as lutas de libertação”. Não adianta esconder o legado Conquista de um povo sangrado Pra aprisionar geração Pois o verbo é por Deus preservado E há de trazer do passado As lutas de libertação Os compositores Paulo César Feital é um conhecido letrista e compositor brasileiro. Teve as canções "Cinelândia", gravada por Beth Carvalho, "No analices", gravada por Nana Caymmi e por Milton Nascimento, e "Saigon", gravada por Emílio Santiago e por Beth Carvalho. Além destes intérpretes, já foi gravado também por Chico Buarque, Alcione, Leny Andrade, MPB-4, Danilo Caymmi, Quarteto em Cy, João Nogueira, Zezé Mota, Cauby Peixoto, Pery Ribeiro, Tim Maia, Selma Reis, Sandra de Sá, entre outros, e, no exterior, por Luz Marina, Don Barrows, Lucho Gatica e Barry Manylow. Feital soma uma discografia de mais de 400 músicas. Compositor, pianista e arranjador, Lucas Bueno é parceiro de David Silva e Ricardo Rabelo, o diretor musical do “Pagode da 27”, em São Paulo. Realizou parcerias com a poeta Maria Vilani, mãe do rapper Criolo, de quem musicou o poema “Mulher”, datado de 1987, que recebeu produção musical de Pretinho da Serrinha. Em 2013 ganhou o poema “Preto Dito” de Dona Jacira, mãe do rapper Emicida, para musicar. Em 2015 lançou seu primeiro CD autoral “Tinto”, com direção musical de Rogério Caetano e participações dos cantores João Cavalcanti, em “Cobertor” (Lucas Bueno e David Silva); Beatriz Rabello, em “Arlequim” (Lucas Bueno); Marcos Sacramento, em “Antes que o dia amanheça” (Lucas Bueno e Ricardo Rabelo); Nina Wirtti, em “Beira mar” (Lucas Bueno); e dos músicos Eduardo Neves, Luis Barcelos Gabriel Grossi, Bebe Kramer e Caio Marcio.