Pedro Cardoso: “Talvez Regina não xingue Fernanda Montenegro, mas vai servir ao nazifascismo”

“A mim pouco me importa quem Messias escolha para executar o projeto de não-cultura dele. Seja quem for, será sempre o projeto dele”, escreveu o ator

Pedro Cardoso (Foto: Reprodução)
Escrito en CULTURA el
O ator Pedro Cardoso fez postagem, na última quarta-feira (29), com críticas contundentes à nomeação da sua colega, Regina Duarte, para a Secretaria Nacional de Cultura. De acordo com ele, “a mim pouco me importa quem Messias escolha para executar o projeto de não-cultura dele. Seja quem for, será sempre o projeto dele”. Cardoso lembrou ainda que “Regina, ou qualquer Alvin, não é ninguém que possa fazer diferença. Ela irá apenas emprestar a sua biografia e fama para dar ares de maior simpatia ao cargo que o desastrado anterior maculou”. Para o ator, “talvez Regina não xingue Fernanda Montenegro, mas sua educação não a elevará acima do pecado de servir ao nazifascismo”. Pedro Cardoso disse ainda que “haverá entre nós os que queiram negociar com esta administração aceitando Regina como uma interlocutora confiável. Eu não serei um deles. Primeiro porque ninguém a serviço de uma tirania é confiável; e depois porque o nazifascismo não pode ser aceito como algo que possa existir”. Veja a postagem abaixo:
 
Ver essa foto no Instagram
 

Bom dia. Sobre o nazifascismo de Messias e Regina Duarte. A mim pouco me importa quem Messias escolha para executar o projeto de não-cultura dele. Seja quem for, será sempre o projeto dele. Regina, caso venha a ser, fará o quê? Algo diferente do que Messias quer? Se tentar, ele a dispensará. Se a mantiver, será por ela estar executando a equalização autoritária moralizante da produção cultural. Regina, ou qualquer Alvin, não é ninguém q possa fazer diferença. Ela irá apenas emprestar a sua biografia e fama para dar ares de maior simpatia ao cargo que o desastrado anterior maculou. Talvez Regina não xingue Fernanda Montenegro mas sua educação não a elevará a cima do pecado de servir ao nazifascismo. Não é possível negociar com quem traz como argumento a tortura, a ditadura e o moralismo. Mas não somos nós, os artistas, uma pessoa só. Somos muitos diferentes e temos visões de mundo diversas. Haverá entre nós os que queiram negociar com esta administração aceitando Regina como uma interlocutora confiável. Eu não serei um deles. Primeiro porque ninguém a serviço de uma tirania é confiável; e depois porque o nazifascismo não pode ser aceito como algo que possa existir. A minha oposição aos intolerantes é total uma vez que a deles a todos os outros tb o é. As categorias profissionais ambicionam apoios públicos. Todas! Essa é uma das nossas desgraças. Os artistas que se sentarem à mesa com algum representante de Messias o farão por interesse próprio e não em atenção a cultura. Nem todos somos de esquerda mas os melhores de nós o são, de alguma tendência. A beleza e a justiça social são a mesma coisa. Não há como cultivar a beleza sem desejar a justiça social pois o sofrimento é sempre feio. Mas Leni Riefenstahl realizou O Triunfo da Vontade para Hitler. Dizem que ela era uma grande artista. Há gostos e público para tudo, até para a morte. Eu fico com John Lennon e a vontade de viver que ele me provoca. Quem quiser se fartar com artistas de direita, que se divirta com a graça que vê na chatice sentimental deles; e que tenha a coerência de não consumir arte marxista, como a de John Lennon e Yoko Ono, por exemplo. Nós artistas não todos somos o mesmo.

Uma publicação compartilhada por Pedro Cardoso (@pedrocardosoeumesmo) em

Bom dia. Sobre o nazifascismo de Messias e Regina Duarte. A mim pouco me importa quem Messias escolha para executar o projeto de não-cultura dele. Seja quem for, será sempre o projeto dele. Regina, caso venha a ser, fará o quê? Algo diferente do que Messias quer? Se tentar, ele a dispensará. Se a mantiver, será por ela estar executando a equalização autoritária moralizante da produção cultural. Regina, ou qualquer Alvin, não é ninguém que possa fazer diferença. Ela irá apenas emprestar a sua biografia e fama para dar ares de maior simpatia ao cargo que o desastrado anterior maculou. Talvez Regina não xingue Fernanda Montenegro, mas sua educação não a elevará a cima do pecado de servir ao nazifascismo. Não é possível negociar com quem traz como argumento a tortura, a ditadura e o moralismo. Mas não somos nós, os artistas, uma pessoa só. Somos muitos diferentes e temos visões de mundo diversas. Haverá entre nós os que queiram negociar com esta administração aceitando Regina como uma interlocutora confiável. Eu não serei um deles. Primeiro porque ninguém a serviço de uma tirania é confiável; e depois porque o nazifascismo não pode ser aceito como algo que possa existir. A minha oposição aos intolerantes é total uma vez que a deles a todos os outros também o é. As categorias profissionais ambicionam apoios públicos. Todas! Essa é uma das nossas desgraças. Os artistas que se sentarem à mesa com algum representante de Messias o farão por interesse próprio e não em atenção à cultura. Nem todos somos de esquerda, mas os melhores de nós o são, de alguma tendência. A beleza e a justiça social são a mesma coisa. Não há como cultivar a beleza sem desejar a justiça social pois o sofrimento é sempre feio. Mas Leni Riefenstahl realizou O Triunfo da Vontade para Hitler. Dizem que ela era uma grande artista. Há gostos e público para tudo, até para a morte. Eu fico com John Lennon e a vontade de viver que ele me provoca. Quem quiser se fartar com artistas de direita, que se divirta com a graça que vê na chatice sentimental deles; e que tenha a coerência de não consumir arte marxista, como a de John Lennon e Yoko Ono, por exemplo. Nós artistas não somos todos o mesmo.