
A diretora Petra Costa, indicada ao Oscar de melhor documentário pelo filme “Democracia em Vertigem”, que conta a história do golpe sofrido pela então presidente Dilma Rousseff, está sofrendo ataques de bolsonaristas nas redes, puxados pelo deputado federal, Eduardo Bolsonaro (Sem Partido-SP), desde o começo da manhã desta segunda-feira (3).
Petra concedeu uma entrevista na TV PBS, dos EUA, e afirmou, entre outras coisas, que Bolsonaro incentiva a destruição da Amazônia e ameaça o público negro e LGBT.
A hashtag ‘PetraCostaLiar’ (Petra Costa Mentirosa) foi parar nas primeiras posições dos Trending Topics do Twitter, mas logo caiu.
Não costumo perder tempo desmentindo canalhas como a sra @petracostal, mas o nível dos absurdos da sujeita chega a ser criminoso
Sabe o que não é mentira? A militante comunista aí é herdeira da Andrade Gutierrez, empresa metida até o pescoço no Petrolão. Quero ver distorcer isso https://t.co/KHFqUsXPMC
— Eduardo Bolsonaro?? (@BolsonaroSP) February 3, 2020
Bastidores do Golpe
O documentário “Democracia em Vertigem”, da diretora brasileira Petra Costa, foi escolhido no início de janeiro para disputar uma estatueta na 92ª edição do Oscar de 2020. Além deste, outros quatro vão concorrer junto com o filme de Petra. A cerimônia acontecerá em 9 de fevereiro, em Los Angeles.
A trama narra os bastidores do golpe que levou a ex-presidenta Dilma Rousseff ao impeachment, a prisão de Lula e a ascensão de Sergio Moro e Jair Bolsonaro. Lançado mundialmente em 19 de junho de 2019, o documentário emocionou diversos espectadores e gerou a ira de bolsonaristas, que atacaram a Netflix, onde o filme está hospedado.
Além de “Democracia em Vertigem”, também vão disputar os documentários “American Factory” (Steven Bognar), “The Cave” (Feras Fayyad), “For Sama” (Waad) e “Honeyland” (Ljubo Stefanov).