Roberto Carlos saudou Moro. E também Pinochet, Médici e Geisel

Até onde se pode lembrar, nunca o vimos pedindo aplausos para Lula ou qualquer outro político de esquerda

Roberto Carlos com Rosangela e Sergio Moro (Reprodução/Twitter)
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Roberto Carlos é um compositor e cantor politicamente ingênuo, certo? Errado. O Rei, como é conhecido, é um grande bajulador de ditadores e também, como foi o caso neste final de semana, de políticos de direita. Até onde se pode lembrar, nunca vimos o ‘Brasa’ pedindo aplausos para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou qualquer outro político de esquerda. Mas é inevitável lembrar dele emocionado com a presença do ditador Augusto Pinochet, em um festival em Vina del Mar, no Chile, conforme pode ser visto abaixo, em constrangedor vídeo: Kiko Nogueira, do DCM, se lembra também de várias outras situações em que o autor de “Detalhes” e “Emoções” esteve às voltas com eventos da ditadura: Apresentou-se nas Olimpíadas do Exército em 1972, auge da repressão, diante de Médici. É bom lembrar que Elis Regina, em um dos piores episódios de sua biografia, também se apresentou no evento, fato este que passou, ao contrário de Roberto, o resto de seus dias repudiando. Ter gravado o clássico hino da anistia “O Bêbado e a Equilibrista”, de João Bosco e Aldir Blanc, foi uma das maneiras que encontrou para tentar remediar o erro. Além disso, Roberto não ficou só nisso. Como se fosse pouco, em 1976 — um ano depois do assassinato de Herzog — recebeu das mãos do ditador Ernesto Geisel a Ordem do Rio Branco, pelos serviços prestados à nação.