Séries sobre diversidade criticadas por Bolsonaro ficam de fora de edital

A deputada Áurea Carolina (PSOL-MG) protocolou requerimento pedindo divulgação das atas das reuniões da comissão julgadora do edital

Cena de "Afronte" - Foto: Reprodução
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As quatro séries criticadas pelo presidente Jair Bolsonaro, em agosto: “Afronte”, “Transversais”, “Religare Queer” e “Sexo Reverso”, que chegaram a levar à suspensão do edital BRDE/FSA-PRODAV - TVs Públicas – 2018, acabaram não sendo contempladas no resultado final. Elas estavam aprovadas na fase final do edital e inscritas nas categorias “diversidade de gênero” e “sexualidade”. Por conta disto, a deputada Áurea Carolina (PSOL-MG) protocolou um requerimento de informação na Câmara, no qual pede que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, divulgue as atas das reuniões da comissão julgadora do edital. O concurso custeia produções audiovisuais para TVs públicas e teve o resultado divulgado na semana passada. Suspensão de edital O ministro da Cidadania, Osmar Terra, suspendeu oficialmente, em agosto, o edital de 2018 que havia selecionado séries com temas LGBT, englobando diversidade de gênero e sexualidade, para serem exibidas em TVs públicas. A suspensão veio após críticas do presidente Jair Bolsonaro. “Afronte”, “Transversais”, “Religare Queer” e “O sexo reverso” são alguns dos projetos de séries que foram anunciados em março como parte da seleção preliminar do edital. Elas seriam financiadas pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), gerido pela Agência Nacional de Cinema (Ancine). O edital foi aberto em março com uma previsão de R$ 70 milhões a serem divididos entre as regiões do país. Com informações da coluna de Mônica Bergamo