“Sobrevoo” traz a guitarra de Rodrigo Bragança e o piano Benjamim Taubkin juntos

O álbum, com composições inéditas dos dois artistas, tem forte influência do jazz, um pouco do oriente e também, a canção popular

Foto: Divulgação
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O duo formado pelo guitarrista Rodrigo Bragança e o pianista Benjamim Taubkin acaba de lançar o álbum “Sobrevoo”, com forte influência do jazz, um pouco do oriente e também, a canção popular.

O álbum com composições inéditas dos dois artistas, traz o piano sofisticado, cheio de nuances, leveza e profundidade de Benjamin e a guitarra de Rodrigo, por vezes experimental, e que propõe texturas, camadas de timbres gerando paisagens sonoras inusitadas.  

 A admiração dos músicos pelo trabalho um do outro era mútua, mas a primeira parceria aconteceu quando Benjamim convidou Rodrigo para participar do projeto Landscapes, na Casa do Núcleo. Eram improvisos sobre poemas com três músicos e três poetas.

Em seguida, o convite foi para que Rodrigo entrasse para o coletivo de improvisação livre Andar, Nadar, Voar junto com outros músicos.  Nesse momento, nascia a vontade de registrar essas sonoridades e a ideia de ir para o estúdio gravar composições de ambos vestidas pelo som da guitarra de Rodrigo com os pedais e efeitos, e pela sonoridade e acordes do piano do Benjamim. A proposta do duo era, caso o resultado dessa experiência ficasse interessante, fazer um disco.  E isso aconteceu.

 “Rodrigo é um músico muito original. A sua forma de tocar e pensar a guitarra é distinta da tradicional. Suas várias camadas de timbres, presentes aqui em algumas das músicas, amplia as possibilidades do instrumento”, comenta Benjamim. “Muito de uma beleza que busco, eu encontro na música que o Benjamim faz. Daí a semente desse projeto: o encanto, o desejo fazer música junto e uma curiosidade imensa, quase insuportável, de ouvir como dialogariam as paisagens sonoras dos nossos universos particulares”, conta Rodrigo. “Creio que é um disco para se escutar com calma...da mesma forma como foi gestado. E que pode abrir pequenas portas, para a contemplação de lugares, que a nós parecem desejáveis. Frestas para a construção deste mundo que queremos. Mais contemplativo. E pacífico”, conclui o pianista. 

 O disco foi gravado no Estúdio Carbono Sound Lab por Zé Godoy e a mixagem feita por Ricardo Mosca.