Weintraub: o grande mentecapto destruidor da educação pública brasileira

Abraham Weintraub, o judeu-nazista, não foi escolhido pelas suas qualidades, posto que não as têm! Foi escolhido por sua maldade e soberba! Arrogante, age como seu chefe, Bolsonaro

Abraham Weintraub e Bolsonaro (Foto: Divulgação/MEC)
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Por Marcos Cesar Danhoni Neves*

“Não havia mais nada em que se agarrar para sobreviver. (...) Se alguma coisa lhe restava no espírito, era apenas a consciência disso” (Fernando Sabino em “O Grande Mentecapto)

Abraham Bragança de Vasconcellos Weintraub é o atual ministro da Educação do Brasil do (des)governo Jair Messias Bolsonaro. Substituiu o anterior, o colombiano Vèlez-Rodriguez, que se notabilizou pela proposta de volta do canto do hino nacional em todas as escolas do país, assim como a volta do arcaico método fônico para alfabetização, além de ter chamado os brasileiros de “ladrões” e “canibais”. Abraham, tal como Vèlez-Rodriguez, já provou em poucas semanas de mandato que, além de inepto, é mentiroso e tem sérios problemas cognitivos expressos por sua dificuldade em língua portuguesa, Matemática e visão coerente de mundo. Com estas constatações que nos surpreendem e que foram motivadoras das manifestações de 15 de maio e que levaram cerca de 2 milhões de pessoas (estudantes e professores) às ruas do país (em cerca de 500 cidades), resolvi investigar a fundo a vida pregressa desse triste personagem da maltratada República (nada)Democrática Brasileira. Abraham Weintraub (não vou citar todos os seus nomes, mas o sobrenome “Bragança” seria uma herança da nada saudosa família monárquica brasileira?) é de origem judia e a primeira coisa que nos deixa atônitos é que, num de seus discursos de 2018, antes de entrar para a vida ministerial, afirmou: “... Os comunistas são o topo do país. Eles são o topo das organizações financeiras; eles são os donos dos jornais; eles são os donos das grandes empresas; eles são os donos dos monopólios..." Em 1930, baseados na obra de Adolf Hilter, “Mein Kampf” (“Minha Luta”), os nazistas diziam: "... Os judeus são o topo do país. Eles são o topo das organizações financeiras; eles são os donos dos jornais; eles são os donos das grandes empresas; eles são os donos dos monopólios..." Isto é chocante pois, como podemos imaginar um homem de origem judaica usar a argumentação de um genocida que quase pôs fim à existência de seu povo? Porém, sabemos pela obra “A Banalidade do Mal”, de Hannah Arendt que: “naquele tempo (início da década de 1930) era um fato da vida corrente que só os sionistas tinham possibilidade de negociar com as autoridades alemãs, pela simples razão de que a sua principal rival, a Associação Central dos Cidadãos Alemães de Confissão Judaica (Central-Verein deutscher Staatsbürger jüdischen Glaubens), à qual pertenciam então noventa e cinco por cento dos membros de organizações judaicas na Alemanha, especificava nos estatutos que o seu primeiro objetivo era a “luta contra o anti-semitismo”. De um dia para o outro, ela havia-se convertido, por definição, numa organização “inimiga do Estado” […] Nos primeiros anos, a subida de Hitler ao poder foi vista pelos sionistas principalmente como “a derrota decisiva do assimilacionismo”. Isto indicava que desde o início da ascensão de Adolf Hitler, os sionistas torpedearam a noção até então aceita pela própria comunidade judaica de “assimilacionismo” (assimilação, miscigenação) para a de “aceitação sem resistência” de que eram não-cidadãos e deveriam imigrar espontaneamente para a Palestina. Este fato determinou a morte de seis milhões de inocentes graças à essa “escolha” de terem se transformado em párias! Talvez resida aí a fala do ministro Weintraub. Se pudéssemos recolocá-lo historicamente na Berlim dos anos 30, provavelmente estaria fazendo coro com os sionistas que se esgueiraram à sanha dos nazistas. Além deste comentário pregresso, realizei uma busca do currículo acadêmico do “Prof. Abraham Bragança de Vasconcellos Weintraub”, por meio da plataforma de Currículos Lattes do CNPq (Ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia). Desde o início estranhamos o tempo em que o currículo não é atualizado: desde 07/03/2017 (ver link). Para um professor da Academia, o Currículo Lattes deve ser atualizado com frequência, no mínimo, bimestralmente. Porém, logo entendemos esta desatualização: o currículo dele é extremamente pobre, medíocre! Tão medíocre que ainda é Mestre e não Doutor numa Instituição com o peso de uma Unifesp. O ministro também é mentiroso: no resumo de seu currículo notamos que ele afirma o seguinte: “Publicou uma série de papers na Revista Brasileira de Previdência e na Revista Chilena de Derecho y de la Seguridad Social de la Universidad de Chile”. Esta “série de artigos” que ele afirma nada mais é que SOMENTE quatro artigos: dois na primeira e dois na segunda! Realizando uma pesquisa no ranking de qualidade da “Revista Chilena de Derecho y de la Seguridad Social de la Universidad de Chile” no site Qualis da Capes ligada ao MEC, ela apresenta conceito B4, ou seja, quase no final da lista de revistas com pouca qualidade (a superior seria A1 e a inferior por este ranking, B5). A pobreza do currículo deste senhor é tão notória que ele tem somente mais dois artigos numa outra revista (“Revista Brasileira de Previdência), também de baixa qualificação, B4. Este fato deve estar consolidado na vida pregressa de formação do “economista” Weintraub, como podemos perceber pelo seu absoluto e medíocre histórico escolar com mais de 40% de reprovações em disciplinas da graduação e quase uma dezena de notas “zero”. Por estas constatações percebemos que este sujeito é de má índole, especialmente porque tentou burlar o regime de tempo integral e dedicação exclusivos, que proíbe que professores contratados sob este regime tenham ganhos auferidos por negócios fora da Universidade. Por esta razão ele sofreu um processo de inquérito (sigiloso, para preservar a pessoa de possíveis difamações durante o curso do processo). Some-se à toda esse triste percurso da vida de uma pessoa intelectualmente miserável, os sérios erros no uso da norma culta da língua (“insitar” ao invés de “incitar”), da matemática básica (confundir 500 mil com 500 milhões), da estatística (confundir 30% com 3,5%) e da literatura (ao confundir Kafka com Kafta)! Além de todo esse altíssimo déficit cognitivo, percebemos nesta triste figura nazi-fascista a propensão para o mal absoluto, marcado pela arrogância, escárnio e soberba. Usa a imprensa para destratar as universidades alegando “balbúrdia”, “necessidade de se destruir os cursos de Filosofia e Sociologia”, além de citar genericamente episódios desconhecidos de nudez e consumo de drogas dentro das Instituições universitárias. Além disso, em jogo casado com seu patrão miliciano, Jair Bolsonaro, e seu lugar-tenente, Ônix Lorenzoni, afirma peremptoriamente que as Universidades públicas brasileiras são improdutivas e não constam dos rankings internacionais. Deslavada mentira! O site Top Universities elenca o seguinte ranking entre as universidades latino-americanas: USP (1º), Unicamp (2º), UFRJ (5º), UNEPS (8º), UnB (10º), UFMG (11º), UFRGS (12º), PUC-RJ (14º), UFPR (23º), UFSC (24º). Já o “Times Higher Education (THE)”, que ranqueia universidades em todo o mundo, lista 36 universidades públicas brasileiras entre mil outras, segundo a lista de 2018 (ver neste link). Outro ranking, da CWUR World University Rankings 2018-2019, mostra nove universidades brasileiras entre mil ranqueadas, sendo assim distribuídas: USP (77º), UFRJ (298º), UNICAMP (360º), UNESP (372º), UFRGS(398º), UFMG (406º), UFPel (886º), UFF (889º), UFG (892º). Existem muitos índices de ranqueamento, com diferentes quesitos de avaliação (algumas privilegiando os aspectos educacionais, outros, o de ciência e tecnologia produzidos e outros a extensão universitária). Portanto, é mentira que nossas universidades não possuem qualidade. A afirmação de que as instituições elencadas por Bolsonaro-Weintraub como as mais produtivas: Mackenzie, ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) e IME (Instituto Militar de Engenharia), não passa de um silogismo deslavadamente mentiroso e alicerçado somente nas crenças de Direita e do Militarismo que movem estas duas mentes doentias. Portanto, Abraham Weintraub, o judeu-nazista, não foi escolhido pelas suas qualidades, posto que não as têm. Foi escolhido por sua maldade e soberba. Arrogante, age como seu chefe, Bolsonaro. Este, executa suas pequenas vinganças no varejo como quando exonerou o fiscal do Ibama que lhe impôs uma multa por pescar numa área de preservação ambiental. Weintraub que foi punido, justa e legalmente, por tirar notas péssimas e por sofrer um processo por desrespeitar o contrato de tempo integral e dedicação exclusiva na universidade que o empregava, manifesta os mesmos desejos da vingança torpe que já o notabilizou! Como Hannah Arendt escreveu, este é mais um daqueles seres humanos miseráveis que faz da destruição sua cotidianidade respeitando somente a hierarquia que cega nossa humanidade. Weintraub é, em síntese, uma besta-fera, um grande mentecapto e, como tal, deverá ser julgado pelos seus crimes de destruição das Universidades Públicas e do conhecimento nelas construído! *Marcos Cesar Danhoni Neves é professor titular da Universidade Estadual de Maringá, autor do livro “O Labirinto do Conhecimento”, entre outras obras