Bancos são obrigados pela Justiça a readmitir funcionários desligados durante a pandemia

No 1º semestre de 2020, o Itaú Unibanco teve lucro líquido de R$ 8,1 bilhões, o Bradesco de R$ 7,6 bilhões e o Santander de R$ 6 bilhões

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A Justiça do Trabalho tem reintegrado através de liminares (decisões provisórias) bancários demitidos durante a pandemia.

Os três maiores bancos privados do país assumiram o compromisso público de não demitir no período, fato que tem justificado as liminares.

De acordo com o Data Lawyer Insights, plataforma de jurimetria, neste ano foram distribuídos 11.087 processos trabalhistas com os termos pandemia e reintegração nas peças iniciais. Do total, 417 foram contra o Santander, 283 contra o Bradesco e 177 contra o Itaú Unibanco.

O Santander demitiu 1.100 trabalhadores desde junho, de acordo com levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Já o Itaú Unibanco demitiu 130 funcionários desde setembro e o Bradesco promoveu 566 desligamentos neste mês, informa a confederação.

O Itaú Unibanco teve lucro líquido de R$ 8,1 bilhões no 1º semestre de 2020. Uma queda de 41,6% do lucro obtido no mesmo período de 2019 (R$ 13,9 bilhões). O Bradesco registrou R$ 7,6 bilhões, uma queda de 40%, em relação ao 1º semestre do ano passado (R$ 12,7 bilhões), e o Santander teve R$ 6 bilhões de lucro, ante os R$ 7,1 bilhões no primeiro semestre de 2019, queda de 15,9 %. O levantamento do Valor Data, com base nas demonstrações financeiras das instituições

O Bradesco informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comentaria o assunto. Já o Banco Santander não comenta casos sub judice. O Itaú Unibanco vai recorrer dos processos e diz que, até setembro, tanto admissões como demissões estavam suspensas.

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Com informações do Valor Econômico