A jornada de trabalho de quatro dias indicou melhoria na produtividade e diminuição do estresse, segundo um experimento realizado no Brasil por duas ONGs que atuam pela redução do tempo de trabalho.
O experimento teve início em janeiro deste ano e analisou 21 empresas. Do total, 61,5% das companhias apresentaram melhora na execução de projetos; 58,5% sentem que a criatividade melhorou; 44,4% relataram maior capacidade de cumprir prazos e 33,3% viram melhoria em adquirir clientes.
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O estudo foi conduzido pela organização 4 Day Week Brazil, braço do movimento global que realiza pesquisas práticas em diversas empresas pelo mundo. A ONG Reconnect Happiness at Work também participou do experimento.
Os dados também mostram outros resultados positivos em relação à redução do estresse no trabalho (62,7%); do desgaste ao final do dia (64,9%) e do desgaste emocional durante a semana (49,3%). A frustração com o trabalho e a exaustão também apresentaram queda de 56,5% e 64,5%, respectivamente. Além disso, os trabalhadores também relataram aumento de energia para curtir momentos de lazer com amigos e família (78,1%).
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A pesquisa também quis saber se os trabalhadores voltariam a atuar cinco dias por semana se recebessem um aumento: 36,8% afirmaram que sim, caso o aumento fosse superior a 50%; 28,6% disseram que não voltaram de modo algum, e 71,4% topariam voltar por qualquer aumento.
Os resultados foram coletados durante todo o mês de abril através de 205 respostas, o que representa 71% dos participantes. A próxima etapa do projeto deve acontecer em junho, e a 4 Day Week Brazil apresentará um relatório definitivo.
Modelo implementado
O modelo de redução da jornada de trabalho implementado pela 4 Day Week Brazil funciona no formato 100-80-100, ou seja, mantém 100% do trabalho, reduz 80% do tempo e, em tese, continua se mantendo 100% da produtividade anterior.