Autor da ação contra Porta dos Fundos diz que programa “afasta as pessoas do Deus verdadeiro”

Presidente do CDB chamou os integrantes de “moleques” e “pseudo-humoristas” e afirmou que “Deus não pode ser transformado num homossexual ridículo, pueril”

Foto: Reprodução/Divulgação
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Pedro Affonseca, presidente do Centro Dom Bosco, chamou, nesta quarta-feira (8), em entrevista à Reuters TV, os integrantes do Porta dos Fundos de “moleques” e “pseudo-humoristas”. Ele afirmou ainda que o conteúdo do especial de Natal do grupo “afasta as pessoas do Deus verdadeiro”. O Centro Dom Bosco é o autor da ação contra o “Especial de Natal Porta dos Fundos: A Primeira Tentação de Cristo”. O programa foi retirado do canal sob demanda, Netflix, nesta quarta-feira, após decisão do desembargador Benedicto Abicair, da 6ª Câmara Cível após pedido do CDB. Alvo de ataques desde que foi divulgado, o especial traz um Jesus gay (Gregorio Duvivier), prestes a completar 30 anos, que é surpreendido com uma festa ao voltar do deserto com o namorado, Orlando (Fábio Porchat). Affonseca disse ainda, ignorando todo o processo violento de colonização, que o Brasil “existe graças à fé católica. A unidade que há no Brasil hoje, o que se chama Brasil, só existe graças à fé católica”. Ele lembra que “o primeiro ato dos portugueses quando aqui chegaram foi a celebração da primeira missa. Portugueses, índios, negros e os demais europeus que aqui chegaram se uniram num só povo que hoje nós chamamos de Brasil”. Em seu discurso, o presidente do CDB tentou justificar a censura: “Nosso ato é impedir que as pessoas tenham acesso a esse tipo de conteúdo, porque esse tipo de conteúdo leva as pessoas a uma espécie de perdição. Esse conteúdo afasta as pessoas da verdade católica. Afasta as pessoas do Deus verdadeiro. Do caminho de salvação, que é o caminho ensinado pela Igreja Católica”. Affonseca afirmou ainda que “Deus não pode ser transformado num homossexual ridículo, pueril”, e encerrou: “nós ajuizamos esta ação e pedimos a suspensão do vídeo pra que as pessoas sejam preservadas desse tipo de conteúdo que é inadmissível. Inadmissível em qualquer lugar, mas especialmente no Brasil”.