Defensoria processa em R$ 100 mil ex-conselheiro do Santos por frases racistas

Adilson Durante Filho, que também era secretário-adjunto de Turismo de Santos (SP), afirmou, entre outras frases racistas, que “os pardos brasileiros são todos mau-caráter”

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A defensoria pública do Estado de São Paulo processou o ex-conselheiro do Santos F.C. e ex-secretário adjunto de Turismo de Santos, Adilson Durante Filho (PSD-SP), por declarações racistas em um áudio que circulou em aplicativos de mensagens. O órgão pede indenização de R$ 100 mil, revertidos a ações de combate ao racismo. No áudio, Durante Filho afirma que é preciso "desconfiar" de pardos. "São todos mau-caráter", diz ele, que admitiu ser o responsável pelas palavras, “de alguns anos atrás”. A ação foi distribuída para a 5ª Vara Cível de Santos, e Durante Filho ainda não foi notificado. Relembre o caso: Adilson Durante Filho teve um áudio de uma conversa de WhatsApp divulgada, no último dia 17, pelo programa Sucupira Conection, da Rádio da Vila. Nela, Adilson, que também é conselheiro e foi diretor de futebol do Santos Futebol Clube, afirma, entre outras frases racistas, que “os pardos brasileiros são todos mau-caráter”. Veja a transcrição completa do áudio abaixo: “Ô Caco, vou falar uma coisa pra vocês, aqui a gente tá entre amigos, tá? Sempre que tiver um pardo, o pardo o que que é, não é aquele negão, né? Mas também não é o branquinho. É o moreninho da cor dele. Esses caras, têm que desconfiar de todos. Todos que tu conhecer. Essa cor é uma mistura de uma raça que não tem caráter. É verdade, isso é estudo. Todo pardo, todo mulato, tu tem que tomar cuidado. Não mulato tipo o Pedro. O Pedro é tipo pra índio. Tipo chileno, essas porra (SIC). Tô dizendo o mulato brasileiro, entendeu? Os pardos brasileiros são todos mau-caráter. Não tem um que não seja.” Logo após a divulgação do áudio, Durante pediu exoneração do cargo de secretário-adjunto de Turismo da Prefeitura de Santos. Ele também renunciou ao cargo de conselheiro do Santos F.C., onde já foi também diretor de futebol. A ação foi distribuída para a 5ª Vara Cível de Santos, e Durante Filho ainda não foi notificado. Com informações do Globo Esporte

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