Drogaria São Paulo nega denúncia de racismo religioso feita por pai-de-santo

Segundo o sacerdote David Dias, uma de suas filhas-de-santo teve atendimento negado em unidade da rede por ser "macumbeira"

Reprodução/Google Maps
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A Drogaria São Paulo enviou uma nota para a Fórum na tarde desta quinta-feira (20) rebatendo uma denúncia feita pelo sacerdote de umbamda David Dias, na quarta-feira. O sacerdote contou que uma Raquel Pascoal foi discriminada em uma das lojas da rede por estar vestida de branco com identificação do terreiro Pai João de Angola.

"Tomamos conhecimento pelas redes sociais de um suposto fato ocorrido na loja do Sacomã, em SP. Imediatamente realizamos uma averiguação interna por meio de nosso Canal de Ouvidoria e constatamos que não houve nenhum ato de discriminação religiosa na data e local mencionados. Identificamos um atendimento breve, com poucas interações entre cliente e nossos colaboradores, sem sinais de atrito nem acionamento da gerência para apoio", disse a empresa em nota.

A Drogaria São Paulo ainda disse que "repudia qualquer ato de discriminação ou preconceito de qualquer natureza" e que tem como valores essenciais o "cuidado e respeito a todos de forma igualitária"

"Estamos sempre empenhados em oferecer o melhor atendimento aos nossos clientes, de acordo com os valores que acreditamos e praticamos dentro da empresa. Estamos à disposição para prestar os esclarecimentos necessários por meio dos nossos canais de atendimento e assessoria de imprensa", finaliza a nota.

David Dias usou as redes sociais na quarta-feira para apontar que Pascoal teve atendimento negado por atendente por ser "macumbeira". Ele relatou ainda que a mulher buscou a gerência e foi confrontada e desencorajada a fazer denúncia.