Eles me odeiam por isso...

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Leia aqui na íntegra desabafo manifesto de Jean Wylliys logo após sofrer ameaça de suspensão do mandato por 120 dias pelo Conselho de Ética da Câmara. A punição é defendida por Ricardo Izar (PP-SP), relator do processo por quebra de decoro parlamentar encaminhado pela Corregedoria da Casa, por ele ter cuspido em Jair Bolsonaro (PSC-RJ).   Eu não recebi dinheiro da Odebrecht. Nem da OAS. Nem de nenhuma empreiteira. Nem dos bancos. Nem dos planos de saúde. Nem do agronegócio. Nem nada disso. Nunca recebi propina. Não tenho contas na Suíça. Não sou milionário. Não enriqueci no mandato. Levo uma vida normal. Sem luxos. Ando na rua. Sou o mesmo de sempre. Não mudei de lado. Nunca fui aliado de Cunha. Aliás, enfrentei Cunha desde o primeiro dia. Fui contra o golpe. Mesmo sendo oposição ao governo Dilma. Sempre defendi a democracia. Nunca votei contra os trabalhadores. Nunca votei contra a educação pública. Nunca votei contra a saúde pública. Nunca votei contra os direitos humanos. Nunca fui acusado de cometer nenhum crime. Não menti na campanha. Meus projetos são os que defendi quando era candidato. Meus votos são coerentes com o que eu sempre disse que faria. Não traí. Não me vendi. Você pode concordar ou não comigo. A democracia é isso. Mas eu sou honesto. Nunca agi com violência. Não insulto os outros. Só recebo insultos. Deles, dos que têm ódio no coração. Por ser veado. Defendo ideias. Não faço parte do lado deles. Nunca fiz parte. Eles me odeiam por isso. E por ser veado. Essa é a verdade. Eu não sou deputado. Estou deputado. Sou professor. Jornalista. Escritor. Ativista. Estou deputado pelo voto popular. Porque 144.770 pessoas votaram em mim. Eu respondo a essas pessoas. Se suspenderem meu mandato, estão calando toda essa gente. Vocês não gostam da democracia. Mas toda essa gente gosta. E muita mais. Pode crer. Boa noite.   Jean Wyllys