Família ingressa na Justiça após escola proibir aluno de usar cabelos longos

A direção do Colégio Adventista de Planaltina, no Distrito Federal, pressionou Luís Phelipe Oliveira, de 11 anos, e chegou a enviar uma notificação para os pais

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[caption id="attachment_138273" align="alignnone" width="600"] Foto: Reprodução/TV Globo[/caption] Luís Phelipe Oliveira, de 11 anos, se viu obrigado a trocar de escola porque a instituição não aceitava que ele continuasse a usar cabelos longos. O fato ocorreu no Distrito Federal, segundo informações do G1. A mãe do garoto disse que a família fez uma promessa e só vai poder cortar os cabelos do jovem daqui a dois anos. Em virtude do impasse, a família ingressou na Justiça.

A direção do Colégio Adventista de Planaltina chegou a enviar uma notificação para os pais, alertando que o aluno não poderia frequentar as aulas se continuasse com os cabelos compridos. Em nota, a escola afirma que é contra qualquer tipo de preconceito ou discriminação. Contudo, diz que o código disciplinar tem regras gerais de conduta válidas para todos os alunos e que a mãe concordou com elas no momento da matrícula.

“Quando ele voltou das férias, começaram novamente a reclamar. Porque antes de eu receber a notificação, estavam indo diretamente nele para falar: ‘Olha, aqui não pode cabelo comprido. Você tem que cortar’. Ele chegava em casa muito chateado”, relata a mãe, Alessandra Oliveira.

Mesmo assim, a mãe alega que o cabelo não foi impedimento para o filho cantar no coral e fazer o papel de Jesus em uma peça da escola. “Naquele momento ele foi útil para a escola. Agora, não é mais e tchau”, conta. “Eu fiquei muito triste. Ainda muito chateado com a escola”, afirma Luís Phelipe.