Haddad critica Romário, pai de criança com deficiência, por apoiar governo "que acha que elas atrapalham"

Petista relembrou programa voltado a crianças com deficiência que criou quando era ministro da Educação

Fernando Haddad e Romário (Reprodução)
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O ex-prefeito e ex-ministro Fernando Haddad (PT) usou suas redes sociais nesta terça-feira (12), Dia das Crianças, para lembrar de programa criado quando era ministro da Educação e criticar o senador Romário (PL-RJ), que é pai de uma criança com deficiência e, no domingo (10), reforçou seu apoio ao presidente Jair Bolsonaro.

"Quando eu era ministro, lançamos um programa de inclusão de crianças com deficiência. O 'BPC na Escola' beneficiou 400mil crianças. É duro ver o pai de uma delas apoiar um governo que acha que essas crianças atrapalham. Feliz dia de todas as crianças!", escreveu o petista.

https://twitter.com/Haddad_Fernando/status/1447883282696351744

Em sua postagem, Haddad relacionou dois fatos: o apoio de Romário a Bolsonaro e o fato de um dos ministros do presidente, Milton Ribeiro, da Educação, ter afirmado que crianças com deficiência "atrapalham" as demais na escola.

Em entrevista ao canal do YouTube “Tapa na Cara” neste domingo (10), Romário, que é pai de uma criança com deficiência, disse que o Brasil estava “uma merda do caralho” antes do atual governo.

“Eu faço parte de um partido que, hoje, é Bolsonaro. Eu acho que o Bolsonaro é um presidente que tem feito coisas positivas para o nosso país. Erra em alguns momentos, principalmente com a pandemia. Deixou de ter algumas ações, falou algumas coisas que poderia não ter falado”, declarou.

Na sequência, o Baixinho disparou: “Eu convivi com o Bolsonaro quatro anos e ele é um cara muito sério. Tem coragem e não tem medo de se posicionar. Ele trouxe isso para a presidência. Antes de Bolsonaro, nosso país estava uma merda do caralho. Hoje, (votaria no) Bolsonaro”.

Já o ministro da Educação, o pastor Milton Ribeiro, disse em agosto que crianças com deficiência "atrapalham" outros alunos nas escolas e que é "impossível o convívio". "Inclusivismo, que é o inclusivismo? A criança com deficiência era colocada dentro de uma sala de alunos sem deficiência. Ela não aprendia. Ela atrapalhava o aprendizado dos outros porque a professora não tinha equipe, não tinha conhecimento para poder dar a ela atenção especial”, disparou.