Homofobia: ensandecido, motorista da Uber agride com coronhada amigo gay de Clarice Falcão

“Ele chegou a colocar a arma no peito da minha mãe. Conseguimos tirá-lo de perto dela, mas ele ainda me deu uma coronhada. Ele deu uma rasteira no meu namorado e um soco”, disse o roteirista

Foto: Divulgação
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A cantora, compositora e humorista Clarice Falcão denunciou através de sua conta do Twitter, nesta quarta-feira (24), caso de agressão e homofobia envolvendo um casal de amigos dentro de um carro do aplicativo Uber. De acordo com ela, seu amigo foi chamado de “viadinho” pelo motorista e levou uma coronhada na cabeça. O namorado dele levou um soco e uma rasteira. “O meu melhor amigo estava em um carro da @Uber_Brasil com a mãe, o namorado e o afilhado e foi fisicamente agredido pelo motorista armado enquanto era chamado de ‘viadinho’. Ele levou uma coronhada na cabeça, o namorado dele levou um soco e uma rasteira.” A cantora também disse ainda que o amigo encontrou dificuldades para fazer um Boletim de Ocorrência porque a Uber “se recusa a passar a placa ou dar qualquer informação” e que “o máximo que fez foi ressarcir os R$ 17 da corrida”. “ou a @Uber_Brasil age assim frente a um caso grave de homofobia ou patrocina carro na parada LGBTQ, os dois não dá”, criticou. [caption id="attachment_181562" align="alignnone" width="448"] Foto: Reprodução[/caption] A agressão O roteirista Célio JR contou ao jornal O Globo que ele, seu namorado e sua mãe saíram de Botafogo em direção às barcas e, logo no começo da viagem, perceberam que o motorista estava nervoso e batia no volante a todo momento. As agressões começaram quando eles saíram do carro: “Qualquer coisa que acontecia, ele bufava e batia no volante. Quando chegamos à Praça Quinze, pedi para ele parar um pouco mais à frente por causa da minha mãe, que tem 70 anos. Ele se recusou e, na hora de sair, eu disse que ele estava sendo mal-educado conosco. Foi quando ele abriu a janela e nos chamou de ‘viadinho’”, conta. Segundo Célio, após as agressões verbais, o motorista, identificado apenas como Paulo, saiu do carro e continuou a gritar. Depois, ele ainda voltou ao carro e pegou uma arma: “Ele chegou a colocar a arma no peito da minha mãe. Conseguimos tirá-lo de perto dela, mas ele ainda me deu uma coronhada. Ele deu uma rasteira no meu namorado e um soco”, disse o roteirista. Leia a nota oficial da Uber “A Uber considera inaceitável qualquer forma de violência e de discriminação em viagens pelo aplicativo. O motorista citado foi desativado do app assim que soubemos do caso. Entramos em contato com o usuário para oferecer apoio e informar que seguimos à disposição das autoridades para colaborar com as investigações. A empresa se orgulha em oferecer opções de mobilidade eficientes e acessíveis para todos – ao mesmo tempo em que oferece também uma oportunidade de geração de renda democrática, independente de credo, etnia, orientação sexual ou identidade de gênero (sendo a primeira empresa de ridesharing que permite nome social na plataforma). Fornecemos diversos materiais informativos a motoristas parceiros sobre como tratar cada usuário com cordialidade e respeito e frequentemente realizamos e apoiamos campanhas em favor da diversidade e do respeito como forma de conscientizar usuários, motoristas parceiros e a sociedade em geral. Um exemplo é a campanha “Carnaval de Respeito”, realizada em parceria com a ONG Plan International, que foi divulgada para milhões de usuários e motoristas. Como empresa de aplicativos de Internet, a Uber está sujeita à legislação sobre esse tema, incluindo o Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/ 2014), e só pode compartilhar dados respeitando essa legislação. O Marco Civil da Internet é a lei federal que regula qualquer tipo de compartilhamento de dados no Brasil e proíbe o compartilhamento de dados pessoais com terceiros, exceto nos casos expressamente previstos em lei”.