"Lula livre" foi a palavra de ordem em 1º de Maio histórico no ABC

“A luta não se encerra neste Primeiro de Maio e sim quando a justiça, de fato, for feita e Lula estiver livre aqui conosco”, disse presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana

Foto: Adonis Guerra
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Por Érica Aragão, no site da CUT Um forte e caloroso grito de “Lula Livre” encerrou a tradicional missa do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, que celebra São José Operário, padroeiro da classe trabalhadora, na Igreja Matriz de São Bernardo do Campo. Na porta da igreja, um ato inter-religioso encerrou as atividades em defesa do Lula organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC). Com a prisão política do ex-presidente Lula, que vai completar um mês no próximo dia 7, a participação de milhares de trabalhadores e trabalhadoras de diversas categorias e de diversos movimentos sociais e populares demonstra a esperança da classe trabalhadora no resgate dos direitos, da igualdade e justiça para Lula e para todos e todas. Em frente à Igreja Matriz, espaço e símbolo de resistência e luta dos trabalhadores e trabalhadoras, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o Wagnão, destacou que o 1º de Maio não é de festa e, sim, de resistência e indignação, contra a retirada de direitos e contra a injustiça com a prisão política de um trabalhador. “Se permitirmos que um trabalhador que lutou por justiça e igualdade, que tirou milhões da miséria, deu educação e trabalho e abdicou da sua vida pessoal em prol de milhões de brasileiros e brasileiras fique preso injustamente, estaremos permitindo que isso aconteça com qualquer um de nós”, destacou Wagnão. “A luta não se encerra neste Primeiro de Maio e sim quando a justiça de fato for feita e Lula estiver livre aqui conosco, no caminhão”. Emocionado, o dirigente puxou o grito de guerra “trabalhador unido, jamais será vencido” e atiçou o público com a famosa música “pisa ligeiro, pisa ligeiro quem não pode com a formiga não atiça o formigueiro”, se referindo a força e unidade da classe trabalhadora, que triplica pelo País, em defesa da liberdade do ex-presidente Lula. As lutas e resistências da década de 80, que marcaram a região, foram lembradas durante as falas no ato de encerramento em frente à igreja. Para o vice-presidente do Sindicato, Aroaldo da Silva, a celebração da missa do Trabalhador está cheia de significados. Para ele, não há diferença na luta no final da década de 1980 com a de hoje. “Tanto 1980 como agora tem o mesmo simbolismo, A resistência dos trabalhadores em defesa dos direitos, contra a perseguição aos movimentos sociais, populares e sindical. São lutas que também marcam os atuais momentos da história do Brasil”, contou o jovem metalúrgico com água nos olhos. Durante o ato, foi pedido um minuto de silêncio em respeito as vítimas do incêndio de um prédio ocorrido no centro de São Paulo na madrugada desta terça-feira (1º).