Movimento Nacional de Direitos Humanos repudia prisão de lideranças que lutam pelo direito à moradia

“Exigimos a imediata liberdade das nove pessoas presas provisoriamente que não tiveram direito prévio à defesa. Método, aliás, popularizado no Brasil pela Lava Jato em especial pelo ex-juiz Sérgio Moro”, diz MNDH, em nota

Preta Ferreira - Foto: Reprodução
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O Movimento Nacional de Direitos Humanos de São Paulo (MNDH-SP) divulgou, na tarde desta segunda-feira (24), uma nota de repúdio contra as prisões da cantora Preta Ferreira, apresentadora do boletim Lula Livre, e de Sidney, Ednalva e Angelica, outras lideranças dos movimentos de moradia de São Paulo. Vejam a íntegra da nota: Nota oficial do MNDH-SP Pela liberdade imediata às lideranças dos movimentos de moradia de São Paulo Na manhã dessa segunda-feira, 24, em uma ação da Polícia Civil de São Paulo, cumprindo decisão do juiz Marco Antônio Martins, foram realizadas 17 ações de busca e apreensão e presas 9 importantes lideranças de diversos movimentos sociais que atuam na luta pelo direito à moradia na região central de São Paulo. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo Ainda não temos informações mais precisas dos motivos alegados para a prisão provisória dos militantes populares. Contudo, não é nova a tentativa de criminalização dos que lutam por teto e fazem ocupações de prédios abandonados no cento de São Paulo. Pelo menos desde meados do ano passado temos visto ações articuladas na mídia e em setores do Ministério Público e Judiciário com o objetivo de desmoralizar companheiras e companheiros que estão à frente de diversos movimentos de moradia. No contexto de Estado de Exceção em que vivemos, com governos Bolsonaro e Doria, nitidamente descompromissados com as liberdades democráticas e os direitos sociais garantidos pela Constituição de 1988 -  o Movimento Nacional de Direitos Humanos de São Paulo (MNDH-SP) vem a público denunciar mais essa ação ilegal de criminalização dos lutadores do povo. Exigimos a imediata liberdade das nove pessoas presas provisoriamente que não tiveram direito prévio à defesa. Método, aliás, popularizado no Brasil pela Lava Jato em especial pelo ex-juiz Sérgio Moro. Lutar não é crime. Quem ocupa não tem culpa. São Paulo, 24 de junho de 2019.