Povos indígenas brasileiros lideram protestos internacionais do “Janeiro Vermelho”

Manifestantes vão às ruas em várias cidades do mundo segurando cartazes com os dizeres “Sangue Indígena, nenhuma gota a mais!”, “Pare o genocídio no Brasil” e “Bolsonaro: proteja as terras indígenas”

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[caption id="attachment_165631" align="alignnone" width="700"] Manifestantes em frente à Embaixada do Brasil em Londres pedem a Bolsonaro que proteja as terras indígenas e pare o genocídio no Brasil - Foto: Rosa Gauditano/APIB/Survival[/caption] Inúmeros protestos para combater as políticas anti-indígenas de Jair Bolsonaro estão espalhados pelo Brasil e em outros países, de acordo com informações do Portal Survival. Os manifestantes vão às ruas segurando cartazes com os dizeres “Sangue Indígena, nenhuma gota a mais!”, “Pare o genocídio no Brasil” e “Bolsonaro: proteja as terras indígenas”. Os protestos estão sendo promovidos pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), para sua campanha “Sangue Indígena – Nenhuma Gota a Mais”, e as atividades deste mês, para o “Janeiro Vermelho”. Entre outras medidas, Bolsonaro transferiu a Funai para o novo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, liderado pela pastora evangélica Damares Alves. Além disso, encorajados pelo presidente e por sua longa história de retórica anti-indígena, aumentaram muito os ataques de fazendeiros e pistoleiros contra as comunidades indígenas. O território dos Uru Eu Wau Wau, por exemplo, foi invadido, colocando em risco indígenas isolados. Outro caso mostra que centenas de madeireiros e colonos planejam ocupar a terra dos Awá um dos povos mais ameaçados do mundo. A APIB afirmou: “Temos o direito de existir! Não vamos recuar. Não vamos hesitar em denunciar esse governo e o agronegócio nos quatro cantos do mundo”. A Coordenac?a?o das Organizac?o?es Indi?genas da Amazo?nia Brasileira (COIAB) afirmou: “No?s, povos indi?genas, estamos na linha de frente das ameac?as porque sem territo?rio, deixamos de existir”. Genocídio O diretor da Survival International, Stephen Corry, declarou: “Tendo sofrido 500 anos de genocídio e massacres, os povos indígenas do Brasil não ficarão intimidados pelo Presidente Bolsonaro, por mais ofensivas e antiquadas que sejam suas opiniões. E é inspirador ver quantas pessoas ao redor do mundo estão ao lado deles. Os protestos estão acontecendo no Brasil e em Berlim (Alemanha), Madri (Espanha), Milão (Itália), Lisboa (Portugal), Londres (Inglaterra), Los Angeles, São Francisco e Washington (EUA), Paris (França), Zurique (Suíça) e outras cidades.

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