Tráfico de mulheres e meninas é tema de debate em Santos

Painel aberto ao público acontece na noite de 14 de fevereiro, no auditório do Câmara Municipal de Santos

Foto: Reprodução
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O tráfico humano é a terceira modalidade criminosa mais lucrativa do mundo, ultrapassada apenas pelo tráfico de armas e de drogas. O lucro anual chega a quase 32 bilhões de dólares, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Dentre as vítimas, 85% são mulheres, sendo a imensa maioria delas para fins de exploração sexual. A faixa etária predominante está entre 18 e 29 anos e adolescentes. Há registro de tráfico de crianças, sendo a maioria do sexo feminino. Também existe o tráfico de homossexuais e travestis jovens. Além da exploração sexual, estão entre as finalidades o trabalho análogo à escravidão, adoção ilegal de crianças e adolescentes - que inclui servidão doméstica - e venda de órgãos. A maioria das pessoas traficadas é pobre e com baixa escolaridade. Esses são apenas alguns dados que comprovam a cruel realidade do tráfico humano. A Baixada Santista apresenta outros fatores de vulnerabilidade, os quais estarão em debate no painel aberto ao público, intitulado “Tráfico de Mulheres e Meninas: educação popular feminista para implementar políticas públicas”. O encontro será realizado na noite desta quinta-feira (14), das 19h30 às 22 horas, no auditório da Câmara Municipal de Santos (Praça Tenente Mauro Batista de Miranda, 1, Vila Nova, Santos). A realização é da Associação Mulheres pela Paz, presidida por Clara Charf, hoje com 92 anos, e dirigida por Vera Vieira, doutora em Comunicação e Feminismo pela USP/ECA. Recebe o apoio da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres do Ministério dos Direitos Humanos, graças a uma emenda parlamentar da deputada federal Luiza Erundina.

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