PREJUÍZO

Como a Netflix vai funcionar depois da proibição de compartilhar senhas

A plataforma tem 222 milhões de assinantes no mundo e há estimativas de que mais de 100 milhões de famílias usem o serviço com senha compartilhada

Como a Netflix vai funcionar depois da proibição de compartilhar senhas.Créditos: Divulgação
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Atualmente, a Netflix tem 222 milhões de assinantes no mundo e há estimativas de que mais de 100 milhões de famílias usem o serviço com senha compartilhada. 

Se antes a plataforma incentivava o compartilhamento de senhas - fato que se pode observar em um tuíte de 2017 -, agora a plataforma de streaming quer acabar com o compartilhamento de senhas, pelo menos da maneira como e feito hoje. 

A mudança na política de compartilhamento de senhas se dá em um contexto de prejuízo da Netflix: pela primeira vez em uma década a plataforma perdeu assinantes, fato que derrubou as ações da empresa e desagradou investidores. 

 

Os laboratórios para o fim do compartilhamento de senha 

 

A estratégia da Netflix em acabar com o compartilhamento de senhas já está em vigor no Chile, Costa Rica e Peru. Nestes países, para o usuário emprestar a sua senha ele tem de pagar uma taxa adicional que, em média, fica em US$ 3. 

Dessa maneira, isso significa que o titular da conta terá de pagar mais para cada subconta ou usuário compartilhado para compensar a perda de receita da Netflix, que deixaria de ganhar um potencial novo assinante. 

No entanto, a Netflix ainda não encontrou a melhor maneira para acabar com o compartilhamento de senha, política que ela pretende implantar globalmente em 2023. 

 

Retomar lucros perdidos 

 

O diretor de negócios da Netflix, Greg Peter, disse ao Infobae que eles buscam encontrar uma "abordagem equilibrada" e que essa transição do modelo atual para o novo deve levar mais de um ano. 

De acordo com sites especializados, o fim do compartilhamento de senha pode ser, de fato, a única solução para a Netflix recuperar os seus assinantes perdidos, porém, tal mudança não será fácil, pois, segundo estudo da Time2Play quase 80% dos estadunidenses que usam senha de outra pessoa ainda não criaram a sua própria conta. 

Outra questão que os gestores da Netflix ainda não resolveram e que é crucial para a mudança: o que vai acontecer com o titular da conta que emprestar a senha e não pagar a taxa adicional? Ainda não há resposta. 

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