ECONOMIA

Setor de serviços segura PIB de 1%; Agro tem recuo de 0,9% no trimestre

Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, o PIB apresentou alta de 1,7%

Setor de serviços segura PIBCréditos: Reprodução divulgação Agência EBC
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A economia brasileira cresceu 1% no primeiro trimestre na comparação com o quarto trimestre de 2021. No entanto, pela expectativa do mercado, o desempenho ficou abaixo do esperado (a projeção era uma alta de 1,2%, segundo o consenso Refinitiv). 

Segundo dados do IBGE divulgados nesta quinta-feira, 2, dentro da lógica da produção, a alta foi puxada pelo setor de serviços, que representa 70% do PIB do Brasil e cresceu 1,0%.  Na indústria houve estabilidade (alta de 0,1%) e no agro houve queda de 0,9% devido à estiagem na região Sul.

As despesas de consumo das famílias cresceram 2,2%. Esse resultado, segundo o IBGE foi influenciado pela retomada da demanda por serviços presenciais. A despesas de consumo do Governo também apresentaram elevação de 3,3% em relação ao primeiro trimestre de 2021.

Dentro do setor dos serviços, houve crescimento de 2,1% em Transporte, armazenagem e correio. 

A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2022 foi de 18,7%, resultado abaixo do observado no mesmo período do ano anterior (19,7%). 

Na Indústria, com estabilidade de 0,1%, o maior avanço veio de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos  com 6,6% e a única queda foi das Indústrias extrativas registrando -3,4% 

As exportações apresentaram alta de 8,1%, enquanto as importações  recuaram 11%. Dentre as exportações que puxaram a alta estão o agro,  produtos alimentício,  derivados do petróleo e biocombustíveis e produtos de metal. Na pauta das importações, a queda se deu principalmente por produtos químicos, máquinas e aparelhos elétricos, metalurgia e produtos alimentícios.

No acumulado nos quatro trimestres, terminados em março de 2022, o PIB cresceu 4,7%, comparado aos quatro trimestres  anteriores. 

Em valores correntes, o PIB no primeiro trimestre de 2022 totalizou R$ 2,249 trilhões, sendo R$ 1,914 trilhão referente ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 335,3 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.