Os Correios enfrentam uma crise financeira com um déficit de mais de R$ 2 bilhões registrado até setembro de 2024. Essa situação coloca em risco a continuidade de operações em pelo menos 200 propriedades alugadas pela empresa. As revelações são do site Poder360.
De acordo com o memorando 53228685/2024, apresentado à diretoria dos Correios em 30 de outubro, 122 imóveis estão sob risco de despejo devido à inadimplência. Esses imóveis podem ser alvo de ações de despejo ou outras medidas judiciais a partir de 30 de novembro de 2024, 30 dias após a publicação do documento.
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Além das propriedades com processos em andamento, outros 127 contratos de locação estão programados para expirar até o final de 2024. A renovação desses contratos depende da obtenção de economias em outras negociações de aluguel, conforme estipulado pelo teto de gastos implementado pela estatal. O impasse gerado pode impactar a continuidade das operações em várias localidades.
O documento oficial alerta para possíveis consequências caso as negociações não avancem, que podem variar de despejos em 30 dias, irregularidades no processo de contratação, até multas, juros e outras penalidades legais.
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A empresa tem sido alvo de interesse de diferentes grupos empresariais. Em 2022, uma manobra fiscal do govrno Bolsonaro para deixar a estatal superavitária acabou revelando um prejuízo bilionário sob o comando da extrema direita. A nova gestão tem encontrado dificuldades de repor os rombos e recolocar a estatal em uma situação superavitária.
O movimento político de pressão pelos Correios é complexo.
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Os Correios declararam que a atual administração não planeja fechar agências em 2024, contrastando com a gestão anterior, que encerrou mais de 160 unidades. “Não há orientação da empresa para fechamento de agências no ano de 2024,” afirmou a estatal.