O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou dados nesta terça-feira (10) que mostram que a inflação está em queda e registrou índice negativo, de -0,02%, em agosto, puxada sobretudo pela redução de valores de alimentos e de habitação.
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Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a variação dos preços, a inflação em agosto de agostou ficou 0,40 ponto percentual abaixo da taxa de julho (0,38%). No ano, o IPCA acumula alta de 2,85% e, nos últimos 12 meses, de 4,24%, abaixo dos 4,50% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Os dados mostram a chantagem que vem sendo feita pelo bolsonarista Roberto Campos Neto à frente do Banco Central.
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Nesta segunda-feira (9), o BC divulgou novo boletim Focus que projeta uma nova alta da taxa Selic dos atuais 10,5% para 11,25% e eleva a expectativa de inflação de 4,26%% para 4,30%.
O boletim Focus é uma pesquisa feita com agentes do sistema financeiro e serve para embasar as tomadas de decisão do Comitê de Política Monetária, o Copom, em relação à taxa de juros.
Desde o início do governo Lula, o Copom tem tomado decisões com base nas expectativas do mercado, que contrariam frontalmente os dados reais da economia.
Queda nos preços
Segundo o IPCA, a queda da inflação é resultado do recuo de preços em dois setores essenciais para a população: a alimentação e a habitação.
Os dados divulgados nesta terça mostram que os preços da habitação tiveram queda de -0,51, enquanto os valores gastos com alimentação recuaram 0,44%. Em transportes, que também impacta diretamente no poder de compra das famílias, não houve aumento (0%).
No grupo Habitação, o resultado foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial, que passou de 1,93% em julho para -2,77% em agosto, com o retorno da bandeira tarifária verde.
Em Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio (-0,73%) apresentou o segundo recuo consecutivo, após queda de 1,51% em julho. Foram observadas quedas nos preços da batata inglesa (-19,04%), do tomate (-16,89%) e da cebola (-16,85%). No lado das altas, destacam-se o mamão (17,58%), a banana-prata (11,37%) e o café moído (3,70%).
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