ECONOMIA

Efeito Lula: indústria volta a crescer em agosto

Depois de quatro meses em ritmo negativo, setor volta a crescer e registra ritmo 2,9% acima do patamar pré-pandemia

Lula discursa em evento da Confederação Nacional da IndústriaCréditos: Ricardo Stuckert / PR
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O setor industrial cresceu 0,8% em agosto, na comparação com julho, interrompendo o comportamento predominantemente negativo presente desde abril, período em que acumulou perda de 1,2%.

Com esse resultado, a produção industrial se encontra 2,9% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas ainda está 14,4% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. Na comparação com agosto de 2024, a produção industrial caiu 0,7%.

No acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial avançou 0,9%, e, em 12 meses, 1,6%. A média móvel trimestral subiu 0,3% no trimestre encerrado em agosto, frente ao nível do mês anterior, após registrar quedas em julho (-0,2%) e junho (-0,4%), quando interrompeu a trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2025.Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada hoje (3) pelo IBGE.

De acordo com o gerente da pesquisa, André Macedo, “para o resultado desse mês, a base de comparação depreciada é um fator importante para entendermos não só a expansão de 0,8%, o maior avanço desde março de 2025 (1,7%), mas também o perfil disseminado de taxas positivas, uma vez que três das quatro grandes categorias econômicas e 16 das 25 atividades industriais pesquisadas apontaram avanço na produção.”

Vale a pena destacar que esse é o maior espalhamento desde março de 2025, quando 17 ramos industriais mostraram crescimento. Contudo, mesmo considerando essa expansão, o total da indústria ainda mostra saldo negativo de 0,4% nos últimos 5 meses.

Houve expansão na produção em 16 das 25 atividades industriais, na passagem de julho para agosto de 2025. Entre as atividades, as influências positivas mais importantes foram assinaladas por produtos farmoquímicos e farmacêuticos (13,4%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,8%) e produtos alimentícios (1,3%), com a primeira acumulando expansão de 28,6% em quatro meses consecutivos de crescimento; e as duas últimas marcando dois meses seguidos de avanço na produção, período em que acumularam ganhos de 2,7% e 2,4%, respectivamente.

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