As relações entre consumidores, tecnologia e marcas estão prestes a mudar radicalmente. De acordo com o relatório “Global Consumer Predictions 2026 & Beyond”, da consultoria internacional Mintel, três grandes tendências definirão o comportamento global nos próximos anos: o movimento anti-algoritmo, a redefinição da juventude e o déficit de afeto.
A primeira delas, “Anti-Algoritmo”, reflete a crescente resistência dos consumidores à influência invisível dos algoritmos. Antes vistos como ferramentas úteis de personalização, eles agora são percebidos como forças que moldam — e distorcem — identidades e visões de mundo.
Em 2026, mais pessoas buscarão autenticidade e autonomia digital, optando por marcas que priorizem transparência e controle do usuário sobre os dados.
A segunda tendência, chamada “O Novo Jovem”, aponta para a redefinição do que significa ser jovem. Com o aumento da longevidade e o enfraquecimento de marcos tradicionais da vida — como casamento e aposentadoria —, surge um “meio da vida estendido”.
Marcas que ainda associam juventude apenas à idade perderão espaço para aquelas que valorizam propósito, vitalidade e aprendizado contínuo em todas as fases da vida.
Por fim, a Mintel identifica o déficit de afeto, um fenômeno em que a automação e o isolamento social reduzem as conexões humanas. Em uma sociedade fragmentada e marcada por tensões de valores, cresce a demanda por relações genuínas — inclusive com as marcas. Empresas que conseguirem promover proximidade e empatia terão vantagem competitiva.