Depois de mais de três décadas servindo hambúrgueres aos argentinos, o Burger King vai deixar o país. A rede de fast food foi colocada à venda pela Alsea, grupo mexicano que controla a marca em parte da América Latina. A decisão faz parte de um plano de reestruturação que também prevê o fim das atividades no Chile e no México.
O processo está sendo conduzido pelo banco espanhol BBVA, encarregado de buscar compradores interessados nas 118 unidades em funcionamento. A expectativa é de que grupos locais, fundos de investimento e redes concorrentes façam ofertas pelas lojas.
Presente na Argentina desde 1990, quando inaugurou sua primeira unidade em Buenos Aires, o Burger King tornou-se um dos nomes mais populares do setor. A empresa, no entanto, atravessa um momento de revisão global e deve concentrar esforços em mercados mais rentáveis.
Grupos interessados e cenário de incerteza
Segundo o jornal La Nación, três potenciais compradores já se movimentam. A DGSA, conglomerado que administra as pizzarias Kentucky; o fundo Inverlat, responsável pelas franquias Wendy’s e KFC; e o grupo equatoriano Int Food, que entrou no ramo de fast food em 2018.
A Alsea, questionada pela imprensa, afirmou que não comenta “rumores de mercado” e que qualquer decisão será comunicada oficialmente em seus canais institucionais.
A possível saída do Burger King marca o fim de uma era para o setor de alimentação rápida no país, que enfrenta queda no consumo e aumento dos custos. No Brasil, as operações seguem normalmente, administradas pela Zamp S.A., independente da controladora mexicana.