Em apenas três décadas, o Vietnã deixou de ser um dos países mais pobres do mundo para se tornar uma potência emergente no cenário asiático.
Segundo o FMI, de 1994 a 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) nominal do país saltou de cerca de US$ 20 bilhões para mais de US$ 465 bilhões — um crescimento impressionante de mais de 1200%?.
O avanço é ainda mais notável quando se observa o PIB per capita, que passou de menos de US$ 300 em 1994 para cerca de US$ 4.200 em 2024, cerca de 1300% de aumento.
Esse salto representa não apenas o fim da extrema pobreza para milhões de vietnamitas, mas também a ascensão do país a uma economia de renda média, com expectativas de se tornar uma economia de alta renda nas próximas décadas?.
Grande parte desse crescimento foi impulsionado por uma política econômica conhecida como “socialismo de mercado”, implementada desde as reformas do Doi Moi nos anos 1980.
Combinando controle estatal estratégico com incentivos ao setor privado e à abertura comercial, o Vietnã conseguiu atrair investimentos estrangeiros diretos e integrar-se às cadeias globais de produção.
O setor industrial lidera o desenvolvimento. A produção manufatureira representa mais de 25% do PIB, com destaque para eletrônicos, têxteis, calçados e montagem de componentes tecnológicos.
O país também se consolidou como um dos principais exportadores globais, com um volume de exportações que supera US$ 350 bilhões ao ano?.
Hoje, o Vietnã é apontado como um dos principais centros industriais do Sudeste Asiático e exemplo de desenvolvimento sustentado com base em planejamento estatal estratégico. Um feito notável para uma nação que, há apenas 30 anos, enfrentava as consequências de décadas de guerra e da invasão dos EUA.
