Carol Solberg vai recorrer da pena de advertência pelo “Fora Bolsonao”: “É censura”

Carol foi advertida por se manifestar contra Bolsonaro durante entrevista ao vivo

Carol Solberg (Foto: Reprodução/Instagram)
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A atleta Carol Solberg vai recorrer da advertência que levou do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por ter gritado "Fora, Bolsonaro" durante entrevista ao vivo na televisão. Os advogados da atleta consideram que o Código Brasileiro de Justiça Desportiva e o Regulamento das competições não possuem nada que proíba tal conduta.

Carol foi advertida por se manifestar contra o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ). Os advogados da atleta, Felipe Santa Cruz e Leonardo Andreotti, afirmam em nota estarem "confiantes que o Pleno do STJD, ao avaliar tecnicamente a questão, certamente não chegará a outra conclusão que não a absolvição da atleta, mas que o caso é paradigmático e pode colocar o País na vanguarda da discussão sobre o tema".

A jogadora e seus advogados entendem que a advertência é uma censura e algo ilegal, já que não há nada na lei que vete um atleta de se manifestar neste sentido. Caso a atleta aceitasse a pena, o caso seria arquivado, já que a promotoria não recorreu da pena.

Carol foi condenada por três votos a dois. O relator do caso, Robson Vieira, disse que ela descumpriu trecho do regulamento que proíbe dar opinião que prejudique a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) e seus parceiros comerciais, mas a pena poderia ser branda e convertida em advertência. A entidade conta com o Banco do Brasil como um de seus patrocinadores. 

Otacílio Araújo afirmou que a advertência seria um "puxão de orelha" na atleta, para que ela não repetisse o ato. Outros dois relatores pediram a absolvição, por entender que ela não infringiu o regulamento. Ainda não há data para um novo julgamento.

Com informações do Estadão

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