Três juízas começam a definir, nesta quinta-feira (10), o futuro do jogador Robinho e de seu amigo Ricardo Falco. Ambos foram condenados, em primeira instância, a nove anos de prisão por crime de estupro coletivo, na Itália.
O caso está sendo analisado na corte de apelação de Milão por Chiara Nobili, Paola Di Lorenzo e Francesca Vitale, presidente da sessão, o que pode complicar ainda mais a situação do jogador.
Robinho não compareceu à audiência, que teve início às 8 horas (de Brasília) ou 12 horas (da Itália). Seus advogados, o italiano Alexander Guttieres e a brasileira Marisa Alijia, chegaram por volta de 11h30 (horário italiano), de acordo com informações de Janaina Cesar, do UOL.
Existe a possibilidade de a decisão ser anunciada ainda nesta quinta. No entanto, a definição está longe, pois ainda cabe recurso em terceira instância. Apenas depois do julgamento na chamada corte de Cassação, a pena pode ser executada, no caso de nova condenação.
Robinho, Falco e mais quatro brasileiros foram condenados em primeiro grau por terem estuprado uma jovem albanesa, na madrugada do dia 23 de janeiro de 2013, em uma casa noturna de Milão chamada Sio Café. Na ocasião, ex-jogador do Santos atuava pelo Milan.
No dia da ocorrência, a jovem celebrava seu aniversário de 23 anos.
Contratação
Em outubro, o Santos anunciou a contratação de Robinho. Entretanto, depois de muita pressão, principalmente de torcedoras, imprensa, ex-jogadores e, principalmente, patrocinadores, o clube suspendeu a negociação.
No dia 16 de outubro, a diretoria do Santos divulgou uma nota, anunciando a suspensão do contrato, após o Globo Esporte veicular gravações que comprovavam a participação do jogador no estupro coletivo. Esses diálogos foram usados no processo.
“O Santos Futebol Clube e o atleta Robinho informam que, em comum acordo, resolveram suspender a validade do contrato firmado no último dia 10 de outubro para que o jogador possa se concentrar exclusivamente na sua defesa no processo que corre na Itália”, anunciou o clube.