Racismo: Torcedor do Cruzeiro chama jogador do Remo de “macaco”; veja vídeo

O clube mineiro usou as redes sociais para se desculpar: “O que aconteceu com o atleta Jefferson, do Remo, foi, é, e sempre será, inaceitável. Ganhar ou perder faz parte de uma partida de futebol. O racismo jamais fará”

Foto: Reprodução/Twitter
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O Cruzeiro Esporte Clube (MG) foi às redes sociais para se desculpar por mais um ato de racismo no futebol. Na derrota por 3 a 1 contra o Clube do Remo (PA), nesta quinta (28), válida pelo Campeonato Brasileiro da Série B, o atacante Jefferson, ao comemorar seu gol, o segundo da sua equipe, foi chamado de “macaco” por torcedores.

“Até quando isso? O que ainda vai precisar acontecer para tomarem alguma atitude?”, diz a postagem do Remo, junto ao vídeo das ofensas.

O Cruzeiro respondeu, lamentando o ocorrido. Pediu desculpas pelo comportamento racista de alguns torcedores e disse que fará o possível para identificar o autor ou atores das agressões.

“O que aconteceu com o atleta Jefferson, do Remo, foi, é, e sempre será, inaceitável. Ganhar ou perder faz parte de uma partida de futebol. O racismo jamais fará. Ano passado pedimos ao torcedor que #RisqueORacismo e hoje, infelizmente, pedimos novamente”, acrescentou o clube mineiro. 

https://twitter.com/ClubeDoRemo/status/1453931884384120835
https://twitter.com/Cruzeiro/status/1454071709120802820

Campanhas

O futebol é um campo farto para manifestações de racismo e homofobia. Inúmeras campanhas são promovidas por entidades que comandam a modalidade, mas os resultados são pouco expressivos.

Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, este ano, o futebol feminino foi responsável pelo primeiro protesto antirracismo da competição. Antes do apito inicial, do jogo Chile e Grã-Bretanha, no estádio Sapporo Dome, as jogadoras das duas seleções se ajoelharam em campo.

O protesto surgiu depois que o Comitê Olímpico Internacional (COI) flexibilizou a regra 50 da Carta Olímpica, que proibia manifestações políticas dos atletas durante as competições.