A decisão dos jogadores de disputar a Copa América é “um ato covarde”, diz Casagrande

Ele afirma que “esta é a geração de jogadores mais alienada desde anos de 1980. O importante para eles é estar nas redes sociais, mostrando suas mansões, seus carros...”

Casagrande - Foto: DivulgaçãoCréditos: Divulgação
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O ex-jogador e comentarista da Rede Globo, Walter Casagrande Júnior, fez duras críticas aos jogadores da seleção brasileira, que recuaram e decidiram disputar a Copa América. Além disso, detonou a família Bolsonaro.

Em artigo publicado no Globo Esporte, cujo título é “A covardia é geral”, Casagrande afirmou que “o Brasil é um país governado por covardes que veem as pessoas morrendo, mas andam de moto e não compram vacinas”.

O comentarista destacou, ainda, que o mesmo acontece no futebol. “Todos os dirigentes se calaram diante de uma acusação de assédio moral e sexual contra o Rogério Caboclo, presidente afastado da CBF. Para eles, é mais importante ajudar o acusado do que ser solidário a quem sofreu o assédio”.

Em seguida, voltou suas críticas à família e apoiadores de Bolsonaro. “O que os bolsonaristas, e incluo os filhos do presidente, estão fazendo com o Tite é mais um ato covarde. O técnico nunca se manifestou politicamente. Acusá-lo de ser comunista porque pode ser contra a Copa América no Brasil é desonesto”.

Quanto aos jogadores da seleção, ele ressaltou que o recuo e a decisão de disputar a Copa América no Brasil é mais um ato covarde.

Geração alienada

“Mostra que os atletas não estavam preocupados com a grave situação sanitária do país e, sim, com eles mesmos. Ficou tudo legal para os jogadores após o afastamento de Caboclo. Essa é a geração de jogadores de futebol mais alienada que eu já vi desde anos de 1980. O importante para eles é estar nas redes sociais, mostrando suas mansões, seus carros...”.

Casagrande avaliou, também, que “as recentes denúncias de assédio contra jogadores e agora dirigentes mostram como estamos com problemas de desvio de caráter”.

E admitiu: “Confesso que fui ingênuo em acreditar que os jogadores fossem realmente tomar uma atitude histórica de empatia ao nosso povo. Foi uma demonstração de comodidade e covardia perante a tudo o que está acontecendo no país”.